Oposição ao PT já!
Uma das primeiras lições da Ciência Política é que o "bem" nunca é uma intenção dos atores políticos. Ninguém entra no jogo político para ajudar os outros, mas sim para ganhar, afirmar seus interesses individuais ou de seu grupo. Nesta ordem das coisas, o "bem" ocorre sempre como um efeito colateral. Dito isso, é condição primordial que a oposição exerça seu papel, qual seja, enfrentar a agenda do governo de plantão, impedindo e forçando a negociação de suas pautas.
Ocorre que a oposição ao governo Lula está perdida. Na verdade, a direita extremista de contornos neofascistas (Deus, Pátria e Família), tinha como estratégia central uma ruptura institucional, um golpe que não ocorreu. Aliás, esta foi a estratégia dominante e derrotada do governo Bolsonaro, que continuou insistindo durante o processo eleitoral e pós-eleitoral. Lançou dúvidas sobre as urnas, sobre as inserções da propaganda eleitoral, acionou a PRF nas estradas para barrar eleitores no Nordeste e por aí foi. Lula ganhou as eleições e a saga continuou, as "72 horas", "não vai subir a rampa", até chegar no golpe tresloucado do 8 de janeiro e a minuta do golpe.
Quando teremos uma verdadeira oposição ao PT? Agora, uma CPMI do 8 de janeiro completa o tiro no pé. A conferir. Talvez este movimento tático da oposição, possa ser melhor compreendido, pelos efeitos práticos de um pedido de impeachment contra o presidente Lula, apresentado por deputado federal da região em três meses de governo. Efeito nenhum! É verdade que os extremistas mais ligados a Bolsonaro foram eleitos em 2022, mas, reparem a boa avaliação do governo Tarcísio em São Paulo, se saiu muito melhor do que Lula. Os dados mostram que após 8 de janeiro, os moderados à direita podem estar ganhando terreno. É hora da direita civilizada ocupar mais espaço, assumindo a oposição ao governo do PT, deixando as crianças birrentas de lado. É uma janela de oportunidades.
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