O futuro será dos "aidvogados"?

Chamou atenção a notícia de que o ChatGPT "passou" na primeira fase da prova da OAB. O sistema atingiu 48 pontos dos 80 possíveis na prova de 2022. Nos Estados Unidos, algo semelhante ocorreu em relação ao teste americano para a advocacia e, meses depois, também nos EUA, um advogado levou um puxão de orelhas de um juiz por ter pedido que o ChatGPT fornecesse jurisprudência para complementar seu processo. Estaríamos na iminência de termos, ali na frente, "AIdvogados" atuando na Justiça?

Entendo que existem funções que, evidentemente, serão substituídas pela máquina. Porém, várias áreas não podem prescindir de nós — e o Direito é uma das principais. É uma área essencialmente humana, na qual a criatividade, o pensamento crítico, a retórica e a empatia são fundamentais. A formulação de soluções jurídicas para os clientes depende da soma desses elementos para a tomada de decisões estratégicas.

A inteligência artificial surge, assim, como uma aliada para que o ofício seja mais eficiente e produtivo. Em nosso escritório, utilizamos softwares que fazem a análise de dados e monitoramento dos prazos dos processos. Com os programas, conseguimos importar dados e gerar relatórios de forma segura e precisa.

A plataforma trouxe uma melhora considerável da qualidade do trabalho que prestamos. É apenas um exemplo em que a IA está ajudando o judiciário. Sou otimista e vejo um futuro no qual seremos mais produtivos com as inovações trazidas pela inteligência artificial. Abraçar essa evolução é dar chance crescimento próprio.

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