Jonathan e a Reação em Cadeia: Roqueiro de Novo Hamburgo está de volta aos palcos
Banda retorna repaginada para matar saudades de quem já era fã e conquistar nova geração
A banda de Novo Hamburgo Reação em Cadeia, que no seu auge rompeu divisas do Rio Grande do Sul e tornou-se fenômeno do rock gaúcho nacionalmente, está de volta. Ela vem repaginada, com novos integrantes - e até o líder Jonathan está com novo nome artístico, Jonathan Dörr, incorporando o sobrenome do avô materno.
Na pausa de quase sete anos, a banda retorna aos palcos com a turnê Até Parar de Bater, na qual Canoas e São Leopoldo são as cidades da região que integram a agenda para os próximos dias de julho. A banda é uma das atrações da São Leopoldo Fest e deve subir ao palco no dia 24.
Até o final deste mês, a banda terá se apresentado em nove cidades no RS e uma em Santa Catarina.
O vocalista, que muitos fãs ainda vão lembrar como Jonathan Corrêa, deu uma entrevista exclusiva para o ABC, um dia após show em Montenegro.
Em 2016, a Reação deu uma parada e Jonathan dedicou-se à banda Ego Kill Talent, tocando em festivais do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa. Chegaram a dividir palcos e estúdios com lendas internacionais como Foo Fighters, Metallica, Pearl Jam e System Of A Down.
Na volta da banda, o hamburguense Jonathan, que mora no Rio de Janeiro desde 2013, fala da ligação pessoal com a Reação em Cadeia. "As músicas falam do meu universo, das minhas vivências. Dei aquela pausa para conhecer mais e acho que vai ser bom ter essa repaginada na minha vida."
A mudança
Aos 42 anos, Jonathan comenta que a volta da Reação inclui músicas da última fase que não haviam sido lançadas ou foram revistas. O grupo completaria 20 anos em 2019, se não houvesse a pausa. Naquele ano, conta, já vinha ensaiando uma forma de marcar as duas décadas da banda. Daí veio a pandemia.
"Recebi muitas mensagens e comecei a entender o quanto a Reação significava para mim. A pausa fez com que saísse da minha zona de conforto, conhecesse outros músicos, outros lugares e, em 2022, em uma turnê na Europa com a Ego Kill Talent, anunciei minha saída e em um show solo no Opinião (Porto Alegre) se anunciou a retomada (da Reação)."
Em seu retorno não faltam músicas como Infierno, Espero, Eu Não Pertenço a Você, Quase Amor, Me Odeie, entre outras, mas os fãs também já podem ir se preparando para novidades. "Seguiremos com a tour Até Parar de Bater e teremos lançamentos que tenho certeza de que deixarão os fãs muito felizes", antecipa o vocalista.
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Mais vezes em Novo Hamburgo
No retorno, dois músicos estão estreando na nova fase da banda: Thissi Bergmann e Eduardo "Panda" Petry, ambos na guitarra. O baixista Tiago Medeiros e o baterista Elias Frenzel já foram integrantes da banda anteriormente, embora não da formação original.
Novo Hamburgo é a casa da maioria dos músicos. Thissi, Frenzel e Panda residem em solo hamburguense, enquanto que Tiago vive em Porto Alegre. Jonathan antecipa que estará mais vezes na sua cidade natal.
A casa dos pais do vocalista, Paulo Roberto e Beatriz Corrêa, servirá como base para ficar por conta dos shows no Estado. "Vou estar mais aqui em bate e volta. E voltar para cá é voltar às minhas lembranças de infância. Eu tenho paixão e orgulho de Novo Hamburgo. Qualquer lugar que eu vá na Europa falo que sou de Novo Hamburgo", conta, salientando que aproveita para visitar amigos e familiares no Vale do Sinos e "turistar" em Gramado.
Agenda de julho
Dia Cidade
14 Santa Maria
15 Canoas, às 21h30,
no ParkShopping Canoas
16 Pelotas
22 Ijuí
24 São Leopoldo,
às 22 horas, na São Leopoldo Fest, no Ginásio Municipal Celso Morbach
29 Blumenau Santa Catarina
O novo nome artístico
O vocalista, na certidão de nascimento, é Jonathan Correa Goemann Dörr. Desde 2018 passou a usar seu novo nome artístico, em homenagem ao avô materno, Urbano Dörr, falecido há 30 anos. "Ele era músico, tinha o grupo Musical Jazz Progresso, fazia apresentações na Rádio Progresso e me inspirou no caminho da música", conta, relembrando os ensaios que acompanhava do avô com a banda alemã.
"Eu tinha vontade de usar o nome do meu avô, mas nem todos sabiam pronunciá-lo. Por isso na primeira fase assinei o Corrêa, mas quando estava em trajetória internacional adotei o Dörr", explica.