ARACY BALABANIAN: Além de Cassandra, do Sai de Baixo, atriz imortalizou personagem Dona Armênia
Aracy morreu na manhã desta segunda-feira aos 83 anos; ela vinha lutando contra um câncer no pulmão
Eternizada pela personagem Cassandra, mãe de Magda e sogra de Caco Antibes, em Sai de Baixo – sucesso durante anos nas noites de domingo na TV Globo –, a atriz Aracy Balabanian também fez história em outras produções da televisão e do cinema nacionais. Ela morreu na manhã desta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro.
Um dos marcos da carreira de Aracy foi a personagem Dona Armênia, um dos raros que brilhou em duas novelas da Globo: em Rainha da Sucata (1990) e em Deus nos Acuda (1992), ambas de Silvio de Abreu. Com bordões que tomaram as ruas do País em uma era pré-internet (e pré-memes), ela prometia colocar o prédio da Sucata "na chon" e protegia como podia suas "filhinhas da mamãe", que na verdade eram três marmanjos interpretados por Marcello Novaes, Gerson Brenner e Jandir Ferrari.
Na novela Rainha da Sucata, Aracy Balabanian representava uma empresária do ramo de paraquedismo que rivalizava com Maria do Carmo (Regina Duarte) por ela ter construído sua empresa no terreno do marido de Armênia. Em uma das cenas mais famosas do "embate", Armênia vai com um guindaste com explosivos para frente do prédio e Maria do Carmo fica chorando em uma das janelas. A ideia não deu certo e não foi daquela vez que o prédio da sucateira foi para o "chon".
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Viúva, Dona Armênia acaba despertando a paixão do quitandeiro do bairro, seu Moreiras (Flavio Migliaccio), o que rendia boas cenas de comédia à experiente dupla.
Dois anos depois, já na novela Deus nos Acuda, a personagem aparece abandonada pelos rebentos, mas com a mesma pegada cômica de antes. Ela tinha se tornado dona da pensão onde moram a protagonista Maria Escandalosa (Claudia Raia) e o pai dela, Tomás (Jorge Dória).
Sabendo que o negócio da mãe vai bem, os três "filhinhas" voltam para debaixo da saia dela. Só que um deles regressa da Europa travestido de mulher. E passa a ser chamado por ela de "filhinho", o que não o livra das atividades domésticas, dos tapas e das gargalhadas provocadas no telespectador.
