"Sofri todos os tipos de assédio": Em evento, Taís Araújo desabafa ao falar sobre violência contra a mulher
A atriz esteve presente em uma ação contra assédio em lugares público e privados, no Rio de Janeiro
Taís Araújo participou de uma ação na Cinelândia, no Rio de Janeiro, contra assédio em lugares público e privados. Em uma entrevista dada ao Lucas Pasin, colunista do Splash, a atriz conta que já sofreu assédio e que não percebeu no momento, foi necessário ouvir e falar sobre o tema para entender.
"É fundamental falar sobre o assédio porque é algo que acontece o tempo inteiro, né? Trazermos esse assunto para a praça pública, para a Cinelândia, é muito importante. Quanto mais as pessoas tiverem consciência sobre, melhor", disse Taís.
A ação aconteceu nesta semana, e é uma parceria entre o Grupo L'Oréal Brasil com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Foram levantadas 100 estátuas em tamanho real, sendo 88 pintadas de laranja, representando a porcentagem de mulheres que já foram assediadas ao longo da vida.
"Não temos só o assédio sexual ou importunação, são muitos os tipos. Eu reconheci os assédios que eu sofri ouvindo falar, lendo sobre, e percebendo que eu me encaixava em 100% das situações. Sofri todos os tipos de assédio e não entendi sobre. A sociedade naturalizou comportamentos. Discutir sobre isso é trazer uma oportunidade de se reeducar e fazer um mundo mais seguro."
Em outras oportunidades, a atriz já havia comentado sobre os assédios que vivenciou. Mas sempre sem muitos detalhes.
"Tenho que olhar primeiro para mim antes de educar meus filhos. Fui educada de uma maneira que deixou o machismo e o racismo dentro de mim. Não só eu, nós todos aqui. Agora sigo o tempo inteiro alerta às minhas atitudes e pensamentos."
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"Vira e mexe eu erro e descubro que falei algo que não é correto. Descubro palavras que não podem ser usadas, 'Ah, mas eu gostava de usar elas'. Sinto muito, né? Não dá mais. E assim vou me reeducando para estar pronta para falar também com meus filhos", conta Taís.
A atriz ainda falou sobre o perigo que as mulheres correm todos os dias. "O mundo é muito seguro para o homens. Eles andam tranquilamente pelas ruas. Nós não temos coragem, temos medo, e de fato corremos risco."