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Eleições PROPAGANDA

Candidatos começam disputa no rádio e na televisão

Horário eleitoral começa nesta sexta-feira (26) e vai até o dia 29 de setembro; confira tempo de cada um

Por Eduardo Amaral
Publicado em: 25.08.2022 às 20:01

Começa nesta sexta-feira (26) uma das mais importantes etapas da campanha eleitoral: as propagandas no rádio e na televisão. Dividido entre programas eleitorais e inserções, os postulantes aos cargos de deputado(a), estadual e federal, senador(a), governador(a) e presidente, estarão diariamente na televisão e nas emissoras de rádio se apresentando aos eleitores.

Programas para o 1º turno seguem até 29 de setembro
Programas para o 1º turno seguem até 29 de setembro Foto: Lindomar Cruz/Agência Senado/Arquivo


Mesmo em tempos de redes sociais, essa superexposição ainda é considerada essencial por especialistas para que os candidatos possam se tornar conhecidos e conquistarem votos. “Quem é mais urbano entrou na ideia de tudo acontece na internet, mas ainda há muitas pessoas que tem como principal meio de comunicação a TV e o rádio”, explica o pesquisador em Comunicação Política, Marcos Marinho.

O professor vai na contramão daqueles que defendem a ideia de que o pleito de 2018 foi vencido pelas redes sociais, ideia fortalecida pela vitória de Jair Bolsonaro à presidência, na época candidato pelo PSL, com pouquíssimo tempo de televisão e que neste ano concorre à reeleição pelo PL. “Não dá para pensar que ele [Bolsonaro] foi eleito ao arrepio das mídias tradicionais. Após o atentado, ele teve uma superexposição nas emissoras”, avalia o especialista sobre a forma como o presidente foi apresentado na imprensa após sofrer uma facada durante um ato de campanha na eleição passada.

Para Marinho, essa exposição do presidente em 2018 mostra um pouco da importância dos meios de comunicação de massa mais tradicionais em tempos de redes sociais. “O que é produzido em uma mídia é repercutido em outra”, explica ele, que avalia ser esse um movimento importante neste pleito, dado o fato de que os candidatos estarão mais expostos não só no horário eleitoral, mas principalmente em debates e entrevistas.

As apostas no Rio Grande do Sul

Os programas de rádio irão ao ar de segunda a sábado em dois horários: pela manhã, entre 7h e 7h25 e das 12 horas às 12h25. Já na televisão, a transmissão acontece das 13 horas às 13h25 e das 20h30 às 20h35. Além disso, as coligações ainda terão direito a inserções durante as programações, que serão transmitidas de segunda a domingo das 5 horas até meia-noite, totalizando 70 minutos diários em inserções.

Segundas, quartas e sextas-feiras serão veiculados os programas eleitorais de candidatos a senador, deputado estadual e governador. Já nas terças, quintas e sábados serão transmitidos os programas dos candidatos à presidência e à Câmara Federal. Além dos programas, também serão 980 inserções de 30 segundos para todos os cargos, veiculados ao longo das programações.

Cientista político e consultor especialista em campanhas eleitorais Juliano Corbellini projeta que no Rio Grande do Sul as estratégias iniciarão de formas distintas, com candidatos que buscam nacionalizar o debate, em contraponto aos que focarão nas questões locais. “Mas em algum momento essas pautas vão ter que se encontrar”, avalia.

Em razão disso, Corbellini destaca o fato de que o tempo de televisão é muito importante. No Estado, o ex-governador que busca a reeleição, Eduardo Leite (PSDB), concentra, sozinho, mais do que o dobro de seus concorrentes. “Leite tentará consolidar a imagem de que pegou um Estado com muitos problemas e conseguiu resolver eles”, avalia. Já Edegar Pretto (PT) e Onyx Lorenzoni (PL) devem, na avaliação do especialista, apostar em uma nacionalização das campanhas, com o primeiro se vinculando ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta voltar ao Planalto, e o segundo vinculado a Jair Bolsonaro (PL), presidente que busca a reeleição e do qual Onyx foi ministro.

“Edegar vai colar no Lula e trazer sua trajetória como agricultor para conquistar o eleitorado, já Onyx deve ser o estuário do conservadorismo no Estado.” Já Luis Carlos Heinze (PP), bolsonarista de primeira hora, precisará avançar para além do agronegócio para conseguir se tornar mais competitivo na disputa pelo voto conservador, segundo a avaliação de Coberlini.

Confira abaixo o tempo de cada candidato

Para governador(a):

  • Eduardo Leite (PSDB) - 3’44”/367 inserções;
  • Edegar Pretto (PT) - 1’33”/154 inserções
  • Onyx Lorenzoni (PL) - 1’31”/207 inserções
  • Luis Carlos Heinze (PP) - 0’58”/95 inserções;
  • Vieira da Cunha (PDT) - 0’44”/73 inserções;
  • Vicente Bogo (PSB) - 0’41”/67 inserções;
  • Roberto Argenta (PSC) - 0’28”/47 inserções;
  • Ricardo Jobim (Novo) - 0’16/27 inserções;
  • Rejane Oliveira (PSTU), Carlos Messalla (PCB) e Paulo Roberto (PCO) não terão tempo de rádio e televisão.

Para senador(a):

  • Ana Amélia Lemos (PSD) - 1’54”/374 inserções;
  • Olívio Dutra (PT) - 0’48”/158 inserções;
  • Hamilton Mourão (Rep) - 0’47”/154 inserções;
  • Comandante Nádia (PP) - 0’30”/98 inserções;
  • Professor Nado (Avante) - 0’23”/76 inserções;
  • Airto Ferronato (PSB) - 0’21”/70 inserções;
  • Maristela Zanotto (PSC) - 0’15”/50 inserções;
  • Paulo Rosa (DC) e Fabiane Sanguiné (PSTU) não terão tempo de rádio e televisão.

Para presidente:

  • Lula (PT): 3’39”/ 287 inserções;
  • Jair Bolsonaro (PL): 2’38 “/ 207 inserções;
  • Simone Tebet (MDB) 2”20”/ 185 inserções;
  • Soraya Thronicke (União Brasil) - 2’10”/ 170 inserções;
  • Ciro Gomes (PDT) 0’52”/ 68 inserções;
  • Roberto Jefferson (PTB) - 0’25” / 33 inserções;
  • Felipe D’Avila (Novo) -0’ 22”/ 30 inserções.
  • Eymael (DC), Vera (PSTU), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (Pros) e Sofia Manzano (PCB) não terão tempo de rádio e televisão.
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