Saiba os detalhes e como acompanhar o debate entre seis candidatos ao Senado
Encontro nesta quarta-feira, dia 28, começa às 9 horas na sede do Grupo Sinos, em Novo Hamburgo; confira quem confirmou presença
O Grupo Sinos promove nesta quarta-feira (28) o último debate entre os candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul antes da eleição de domingo (2). O encontro será na sede da empresa, em Novo Hamburgo, a partir das 9 horas, com transmissão ao vivo pela Rádio ABC 103.3 FM e, em imagens, pelas plataformas digitais do Grupo Sinos.
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Com coordenação de João Carlos Ávila e mediação de Cláudio Brito, o debate terá quatro blocos. No primeiro, os candidatos responderão a uma pergunta da produção. No segundo, perguntam entre si, conforme ordem definida previamente em sorteio. No terceiro, cada candidato escolhe para quem vai perguntar, sendo que ninguém pergunta duas vezes e ninguém responde duas vezes. No quarto e último bloco cada candidato terá dois minutos para mensagem final aos eleitores.
O último debate entre os postulantes à vaga gaúcha no Senado será em uma mesa redonda preparada na redação do Jornal NH, no mesmo lugar onde, há duas semanas, foi realizado o debate entre os candidatos a governador.
Definidas em conjunto com as assessorias dos candidatos, as regras do debate foram informadas à Justiça Eleitoral.
Como assistir
A transmissão ao vivo amanhã será pelo YouTube. Acesse aqui para se increver na página do Jornal NH e receber a notificação do início do programa.
Disputa para o Senado é acirrada no RS
Nova pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada ontem à noite indica uma disputa acirrada pela cadeira gaúcha no Senado. Olívio Dutra lidera com 30% das intenções de voto, seguido de Ana Amélia Lemos, com 24%, e de Hamilton Mourão com 21%. Ana Amélia e Mourão estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na comparação com a pesquisa do dia 16, Olívio e Mourão subiram dois pontos e Ana Amélia caiu um. Comandante Nádia tem 3%, Professor Nado 2%, Fabiana Sanguiné (PSTU), Maristela Zanotto, Paulo Roberto (DC) e Sanny Figueiredo têm 1% cada. Brancos e nulos somam 6% e indecisos 11%. A pesquisa ouviu 1.808 pessoas entre os dias 23 e 25 em 85 municípios. Foi contratada pela RBS Participações S.A. e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09277/2022.
Entenda o que faz um senador da República
De quatro em quatro anos votamos para senador, junto com presidente, deputados e governador. No entanto, em uma eleição são renovados dois terços do Senado e, em outra, um terço. É o caso deste pleito, quando apenas um candidato será eleito pelo Rio Grande do Sul. Portanto, os eleitos em 2018 Paulo Paim (PT) e Luis Carlos Heinze (PP) seguem por mais quatro anos. Quem for eleito domingo - para o Senado não há segundo turno - entrará no lugar de Lasier Martins (Podemos), que optou por não disputar a reeleição.
A cientista política Geórgia Santos diz que o mandato de oito anos é uma herança da Constituição de 1934, quando o País ainda era comandado pelo gaúcho Getúlio Vargas. Anteriormente o cargo de senador chegou a ser vitalício. "Principalmente com um Congresso imprevisível, o que não significa que os senadores sejam perfeitos, mas esse tempo faz com que não tenham pressa para analisar as coisas, e considerando que eles acabam sendo a palavra final em um sistema bicameral, faz sentido", analisa a especialista.
E não é raro que os senadores modifiquem ou mesmo barrem projetos vindos da Câmara, onde trabalham os deputados federais. Juntos, Senado e Câmara formam o Congresso Nacional. Além das funções de legisladores e fiscalizadores do Executivo, cabe aos senadores funções exclusivas, que foram determinadas pela Constituição de 1988. Entre elas, uma das mais importantes é a de poder investigar e processar presidentes e vice-presidentes, além de membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além do procurador-geral da República e do advogado-geral da União.
Cabe ainda aos senadores sabatinar e aprovar - ou não - as indicações do Executivo para os cargos de ministro do STF, do Tribunal de Contas da União, Procuradoria-Geral da República, além de presidente do Banco Central. Tecnicamente o senador não trata do repasse de verbas do orçamento da União, embora prometa obras como se do Executivo fosse. Isso acontece porque, nos últimos anos, criaram-se brechas para que senadores e deputados destinem verbas por meio de emendas.