Campeão do Gauchão em 2017, o Esporte Clube Novo Hamburgo (ECNH) comemora 109 anos nesta sexta-feira (1). Apenas três anos após a maior conquista da sua história centenária, o Noia vive um momento complicado. Desta vez, o problema extrapola os muros do Estádio do Vale. Além das questões de saúde pública, o coronavírus atingiu em cheio a economia mundial. E os clubes de futebol, independente de sua estrutura, não escaparam. A comemoração acaba substituída por preocupação com o futuro do clube. Para seguir sua história, os dirigentes ressaltam a necessidade de contar com o apoio da comunidade.
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"Comentamos sobre o que fazer (para comemorar a data), mas o grupo achou melhor segurar, não inventar nada agora", revelou o presidente anilado, Raul Hartmann. O dirigente se diz triste pelo momento, mas feliz pelo que a administração vem conquistando. "O positivo, após o título gaúcho, é a gestão de resolver as questões administrativas, trabalhistas, a questão contábil e fiscal, com o passivo organizado. Isso me deixa feliz, seguro", comemorou Hartmann.
Atual presidente do Conselho Deliberativo e ex-presidente do Noia por oito vezes, Rosalvo Johann, o Maneca, salienta que com 300 sócios e 50 conselheiros, a receita anilada é de R$ 11 mil, mas o custo para manter o estádio aberto é de R$ 60 mil. "Os dirigentes têm que fazer milagre", afirmou. "Se a comunidade olhasse com mais carinho e atenção, o Noia poderia ser mais forte. Muita gente diz que gosta do clube, mas nem se associa."
O time profissional do Noia aguarda a retomada do Gauchão, mas categorias de base e escolinhas estão fechadas. "As pessoas não entenderam porque encerrar a escolinha, mas não sabemos até quando vai essa questão do coronavírus. O financeiro está complicado. Vamos nos reestruturar para retomar assim que possível", disse Maneca.