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Notícias NOVO HAMBURGO

Maior edição de todos os tempos do Dançando destaca diversidade e criatividade artística

Festival segue até domingo, com encerramento no Teatro Feevale

Publicado em: 25.08.2023 às 18:07

Tributos a Tim Maia, Marília Mendonça e até a Mamonas Assassinas. Coreografias inspiradas nos filmes da Barbie, Tropa de Elite nas séries Meninas Superpoderosas e La Casa de Papel, além de representações dramáticas tocando em temas como depressão, solidão, mas também trabalho em equipe e a força da união.

O primeiro dia de apresentações do 34º Festival Dançando de Novo Hamburgo teve tudo isso e muito mais. Com quase 80 apresentações, o Teatro Paschoal Carlos Magno ficou pequeno para tantos artistas e familiares que foram prestigiar.


As Meninas Super Poderosas | Jornal NH
As Meninas Super Poderosas Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

O organizador do evento, Luiz Fernando Rodembuch, conta que há uma cultura muito diversa no Festival, muitas vezes misturando dança com teatro. “Isso é extremamente positivo, porque entra a criatividade dos coreógrafos. O nosso corpo fala com a música”, afirma.

Rodembuch destaca também a força dos projetos sociais, onde pessoas de periferias ou com alguma deficiência encontram na dança uma forma de união. “Abrimos o Dançando com uma apresentação da Apae de Estância Velha, que encantou a todos”, complementa.

Até sábado (26), serão apresentadas mais de 400 coreografias de 71 escolas de dança de 17 cidades diferentes, como Santa Maria, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, que são as mais distantes. Ao todo, 1.527 bailarinos sobem ao palco nesta que é considerada a maior edição da história do Dançando.

O primeiro dia, contudo, foi marcado também por um susto. Um ônibus que viria de Porto Alegre para o festival, com mais de 30 crianças do grupo Dança com Atitude, sofreu um acidente ainda na capital. Os envolvidos foram levados ao Hospital Cristo Redentor. Todas as crianças tiveram alta.

Crescimento profissional

Antes da estreia, as coreógrafas do grupo Na Ponta do Pé, de Caxias do Sul, Leandra Weiss e Pâmella Salvador, relataram que levar as bailarinas ao palco é sempre muito gratificante.

“Neste ano, viemos com 25 meninas e um bailarino, nos apresentaremos em todas as modalidades e estamos com uma expectativa muito grande. Apesar de ensaiarmos há bastante tempo, quando chega na hora é diferente”. Leandra, inclusive, já se apresentou no Dançando como dançarina nos anos 90.


As coreógrafas do grupo Na Ponta do Pé, Leandra Weiss e Pâmella Salvador | Jornal NH
As coreógrafas do grupo Na Ponta do Pé, Leandra Weiss e Pâmella Salvador Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

A bailarina Yasmin Victória Venâncio, de 15 anos, participou de seis apresentações durante a noite, nas modalidades de Balé clássico e contemporâneo, jazz e hip-hop. Para ela, além de dançar, é uma oportunidade de receber um olhar técnico.

“Concursos em geral são uma forma muito boa de recebermos uma opinião de profissionais sobre o nosso trabalho e o que estudamos por meses. Me preparei muito, mas independente do resultado, é muito importante estar aqui”, disse.


A bailarina Yasmin Victória Venâncio, do grupo Na Ponta do Pé  | Jornal NH
A bailarina Yasmin Victória Venâncio, do grupo Na Ponta do Pé Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

O corpo de jurados desta edição foi composto pela diretora geral e artística da Cia de Ballet do Rio de Janeiro, Alice Arja, pela bailarina Geovana Peres, com anos de atuação no Brasil e na Alemanha, e por Jean Mendes, considerado um dos grandes nomes da cena urbana no País.

“Todas as apresentações são gravadas e cada jurado vai gravando também seus comentários. Depois, os grupos podem ter acesso a este material e cada um ver os apontamentos do júri técnico para saber onde errou e onde melhorar”, comenta Luiz Fernando Rodembuch.

De Ivoti, as coreógrafas do PLUG - Programa Lazer Unindo Gerações, Bruna Martins Rambo, Sônia Macedo e Francielen Steffen, falam que para muitos, esta foi a primeira vez em uma palco de teatro.

“Nossos bailarinos estavam muito ansiosos para estarem aqui. Usamos um ginásio como Teatro na nossa cidade, e aqui, um teatro de verdade, é uma realização de um sonho.Aos poucos, vamos aumentando e abrangendo mais pessoas, a gente sabe a diferença de poder pisar num palco grande como esse”, comentam as professoras, que no passado participaram do Dançando como bailarinas.


As coreógrafas do PLUG - Programa Lazer Unindo Gerações, Bruna Martins Rambo, Sônia Macedo e Francielen Steffen | Jornal NH
As coreógrafas do PLUG - Programa Lazer Unindo Gerações, Bruna Martins Rambo, Sônia Macedo e Francielen Steffen Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Desde pequena, Crystina Lima, 21, integrante do Paula Matte Studio Dança de Esteio, tem a dança como sua paixão. Hoje, além de ensaiar praticamente todos os dias, ela também é professora de dança. Sua apresentação foi de balé clássico. “Meu desejo é inspirar as pessoas com o meu solo e também passar um sentimento de paz e equilíbrio. E por último, mostrar através da minha apresentação verdade, que a gente pode sim nos libertar dos medos que estavam com a gente”, finaliza.


Bailarina e professora do Paula Matte Studio Dança de Esteio, Crystina Lima | Jornal NH
Bailarina e professora do Paula Matte Studio Dança de Esteio, Crystina Lima Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Programação

No sábado (26), os espetáculos ocorrem em três horários: 9 horas, 14 horas e 19 horas. O encerramento acontece no Teatro Feevale no domingo (27), às 20 horas, com a apresentação das 30 melhores notas do festival, seis em cada categoria.

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