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Notícias | Canoas Risco de contaminação

Fábrica de gelo é interditada por utilizar água sem tratamento em Canoas

Ministério Público, Vigilância Sanitária e Delegacia do Consumidor encontraram dois poços artesianos e más condições no local

Publicado em: 24.04.2020 às 10:05 Última atualização: 24.04.2020 às 10:33

Uma empresa de gelo foi interditada em Canoas por suspeita de irregularidade na produção do produto. Além da interdição, duas pessoas foram presas em flagrante na sede da fábrica que produz o Gelo Rei, localizada às margens do Rio Gravataí. Elas devem responder por crimes ambientais e contra as relações de consumo. No local, ainda foram apreendidos 800 sacos de gelo de 3kg, 200 de 10kg e 24 bobinas de embalagens.

A ação foi coordenada de forma conjunta pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), Delegacia do Consumidor da Polícia Civil, Fepam, Corsan e Vigilância Sanitária Estadual e municipal de Canoas. 

A suspensão das atividades da empresa foi pedida devido à detecção de vazamento de amônia, caracterizando crime ambiental, e produção de gelo com água sem tratamento, proveniente de poço artesiano não autorizado. No local, foram encontrados dois poços.

Conforme o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, a fábrica estava com o fornecimento de água suspenso pela Corsan desde março de 2019 e continuava produzindo. Conforme a Corsan, a empresa possui uma dívida que chega a R$ 90 mil referente ao não pagamento de faturas.

“Será expedido pela Vigilância Sanitária estadual uma circular para que as coordenadorias do órgão promovam a fiscalização e apreensão do produto em todo o Rio Grande do Sul”, afirmou o promotor. Ele ainda alertou para que as pessoas não consumam o gelo que eventualmente tenham em casa. “Nossa preocupação com este tipo de atividade ilícita é ainda maior em tempos de cuidados extremos com a higiene em razão do combate à pandemia da Covid-19”, destacou.

Além da utilização de fonte de água não autorizada para produção de gelo, a empresa teve as atividades suspensas pela ausência de análises na frequência exigida pela legislação, más condições de higiene, falhas no controle de vetores e presença de pragas na área de produção.

A reportagem tenta contato com a empresa, mas o telefone está impossibilitado de receber chamadas.

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