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Notícias | Canoas POR 120 DIAS

Gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas passa para o governo do Estado

Justiça também determinou liminarmente o imediato afastamento dos dirigentes do Instituto de Atenção à Saúde e Educação da gestão do HPS

Por Da redação
Publicado em: 07.04.2022 às 10:30 Última atualização: 07.04.2022 às 11:29

A Justiça determinou que a gestão do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas passe imediatamente para o governo do RS. A decisão liminar, que também afasta os dirigentes do Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni) da adminstração do HPS, é da noite de quarta-feira (6).

O pedido, por meio de ação civil pública, foi feito pelo Ministério Público (MP/RS) após uma investigação apontar irregularidades na contratação da organização social que vinha administrando a instituição desde 27 de janeiro deste ano. Como desdobramento, foi deflagrada a operação Copa Livre, que afastou o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, e outros dois secretários.

Gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas é investigada pelo Ministério Público
Gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas é investigada pelo Ministério Público Foto: PAULO PIRES/GES

Com a determinação judicial, o Estado ficará responsável pela casa de saúde pelo prazo de até 120 dias, prorrogável, se necessário, até que haja condições de que a gestão do hospital seja retomada, em definitivo pelo Poder Público ou novamente repassada a terceiros por meio de novo procedimento seletivo público.

Para que o atendimento prestado pelo HPS de Canoas seja mantido sem interrupção, pelo menos neste primeiro momento, deverá ser mantida a utilização de toda a estrutura de recursos humanos operacionais necessários ao seu funcionamento, que atualmente deve estar vinculada ao Aceni, bem como dos recursos materiais disponíveis, mantendo, também, todos os contratos em andamento, como o de fornecimento de refeições e de serviços de limpeza, por exemplo, sem prejuízo de o Estado demandado rescindir contratos e demitir empregados, já que estará assumindo a gestão de forma ampla e abrangente.

“Ou seja, o Estado do Rio Grande do Sul, nesse contexto, assumirá o comando da administração do HPSC, em substituição ao ACENI - Instituto de Atenção à Saúde e Educação, mas com a possibilidade de utilização da estrutura de recursos humanos (salvo dirigentes da entidade) e materiais atualmente disponíveis neste estabelecimento”, explica a juíza Adriana Rosa Morozini, que proferiu a sentença.

Para operacionalizar a mudança, foram deferidas outras medidas como a nomeação das interventoras, abertura de conta judicial em nome de Aceni, autorizando, desde já, que os recursos destinados sejam movimentados exclusivamente pelas mesmas, entre outras.

Operação

No dia 31 de março, o MPRS desencadeou a operação Copa Livre, em que seis pessoas foram afastadas de seus cargos na prefeitura de Canoas: o prefeito, um assessor direto do gabinete dele, o secretário de Planejamento e Gestão, o secretário de Saúde e dois servidores. Ao todo, foram cumpridas 81 medidas cautelares contra 24 pessoas físicas e 15 empresas. Sete dessas empresas foram proibidas de contratar com o poder público.

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