'Tenho criança em casa e não deixo mais sair para brincar', conta morador do Guajuviras
Nove mortes foram registradas no bairro entre julho e agosto. BM reforçou o policiamento ostensivo visando impedir novas mortes causadas por facções criminosas
A violência em Canoas não preocupa apenas as autoridades da segurança pública. São os moradores dos setores 5 e 6, afinal de contas, que estão no meio do conflito entre facções criminosas rivais. Já são nove vítimas assassinadas somente entre julho e agosto.
Pai e filho são assassinados a tiros em Canoas
Imagens do acidente em que motociclista morreu na BR-116 são analisadas pela Polícia
Segundo semestre inicia com mais de mil empregos gerados em nove cidades da região
Polícia encerra buscas por casal que desapareceu há seis meses em Cachoeirinha
"Tenho criança em casa e não deixo mais sair para brincar na rua', conta o trabalhador, que preferiu não ser identificado. "Era dia claro e tinha um monte de gente na rua quando atiraram naquele rapaz de 17 anos no domingo. Poderiam ter acertado qualquer um".
Já uma moradora do Residencial Macro Quarteirão 4 (MQ4), que também prefere manter o anonimato, relata que a insegurança faz parte da rotina dos moradores, em especial no período da noite, quando aponta que a área permanece "abandonada".
"Dependendo o lugar, passa um motoqueiro de noite e as pessoas saem correndo e se escondem dentro do pátio. É muito triste ver esse tipo de cena. A gente se sente abandonada aqui no setor 6", desabafa.
O comando do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) já reforçou o policiamento ostensivo na área onde ocorreram as mortes. Desde a madrugada, a Brigada Militar (BM) tem sido vista monitorando a rotina do bairro, cenário que deve se manter durante a noite.
"Estamos com força máxima no local", confirmou o comandante da Brigada Militar (BM), o tenente-coronel Jorge Dirceu Filho.