As prefeituras de Novo Hamburgo e São Leopoldo ainda aguardam o laudo sobre a morte da idosa, de 61 anos, no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. A paciente, que veio direcionada da UPA Scharlau, morreu após seu quadro clínico se agravar no sábado (21). O caso é tratado como suspeito para coronavírus.
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Ontem, Charão explicou que a idosa não estava em acompanhamento no município e que ela não havia ido a nenhuma unidade em busca de atendimento, assim como não teria viajado ou tido contato com pessoas infectadas. O secretário explicou ainda que a suspeita para o vírus da Covid-19 se deu pelo quadro clínico que a idosa apresentou.
Com complicações apresentadas, a paciente foi trazida para o Hospital Municipal por decisão da Secretaria de Saúde do Estado, que regula os leitos de outras cidades na casa de saúde hamburguense. O diretor-presidente da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo, Ráfaga Fontoura, afirmou, também no sábado, que o Samu (Serviço de Atendimento de Urgência) errou ao encaminhar a paciente para Novo Hamburgo. Um processo administrativo disciplinar foi aberto para apurar a situação.
O atendimento à idosa, em Novo Hamburgo, gerou revolta de muitas pessoas que foram às redes sociais criticar a prefeitura por ser referência na região. A decisão, no entanto, partiu do Estado, no início do mês de março, e foi definido que a casa de saúde hamburguense colocaria à disposição cinco leitos de UTI mediante repasse de equipamentos e que os atendimentos seriam custeados pelo Ministério da Saúde – atualmente, o HMNH tem dez leitos para adultos, com previsão de ampliação de mais cinco, dez para neonatal e outras dez intermediárias, conforme a FSNH.
A prefeita Fatima Daudt, no entanto, afirma que os equipamentos, como respiradores mecânicos, macas e monitores multiparâmetros, entre outros, ainda não foram repassados pelo Estado. Além do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, também são referência o Hospital Conceição de Porto Alegre (do Grupo Hospitalar Conceição), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Hospital Universitário de Canoas e o Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informa que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não errou ao encaminhar a paciente para Novo Hamburgo, já que não pode ficar com a paciente dentro da ambulância e São Leopoldo teria se negado a recebê-la em hospital e a cidade vizinha dá retaguarda neste tipo de caso.