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Notícias | Especial Coronavírus Crise política

Bolsonaro decide demitir o ministro da Saúde, diz jornal

Osmar Terra (MDB-RS) é o mais cotado para assumir o Ministério da Saúde

Publicado em: 06.04.2020 às 16:21

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deve ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Após ameaças públicas, o presidente Jair Bolsonaro, deve demitir ainda nesta segunda-feira (6), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de acordo com informações do O Globo. O ato oficial de exoneração do ministro estaria sendo preparado. A expectativa é que a decisão seja publicada no Diário Oficial da União após reunião do presidente e todos os ministro, incluindo Mandetta.

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A reunião foi com os ministros foi convocada para as 17h desta segunda e informação da demissão de Mandetta teria sido confirmado ao jornal 'O Globo' por dois auxiliares do presidente da República.

Ainda de acordo com a publicação, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, é o mais cotado para substituí-lo. Ele almoçou com Bolsonaro e os quatro ministros que despacham do Palácio do Planalto nesta segunda. Além disso, Osmar Terra vinha se manifestando nas redes sociais demonstrando que seu pensamento estaria mais alinhado com as propostas de Bolsonaro.

O diagnóstico entre auxiliares do presidente é que a permanência de Mandetta no cargo se tornou insustentável após uma série de críticas do presidente à sua atuação no enfrentamento à Covid-19. Ele foi acusado por Bolsonaro de falta de humildade, em entrevista na última quinta-feira (2), e contrariou o presidente ao defender o isolamento e o distanciamento social para combater a disseminação da Covid-19.

Tensão entre Mandetta e Bolsonaro

No domingo (5), Bolsonaro havia dito, sem citar nomes, que "algumas pessoas" do seu governo "de repente viraram estrelas e falam pelos cotovelos" e que ele não teria medo nem "pavor" de usar a caneta contra eles.

Mandetta vem negando que pediria demissão e disse que só sairia do governo por decisão do presidente. Na sexta-feira, após as críticas de Bolsonaro, afirmou que não iria "abandonar o paciente".

Terra, que é médico, manteve sua posição de apoio ao governo e pela flexibilização do isolamento, o que agradou Bolsonaro.

Na última quarta-feira, o presidente teve três audiências com a participação de Terra no Palácio do Planalto, a primeira com o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e as outras duas com dez médicos, para discutir o uso da hidroxicloriquina no tratamento de infectados com a Covid-19. Mandetta, por sua vez, não foi convidado para as reuniões com os médicos.

Também na semana passada, o ministro da Saúde chamou Terra de "Osmar Trevas" em um grupo de WhatsApp do DEM, seu partido, após o compartilhamento de uma notícia sobre a reunião com os médicos. Foi a única vez que ele se pronunciou no grupo da sigla em toda a crise.

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