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Notícias | Especial Coronavírus Avanço da pandemia

Ministério quer usar postos volantes para testar até 50 mil pessoas por dia

Estratégia, no entanto, ainda não tem nada para começar, pois país depende da instalação de máquinas e do 'parceiro privado que ganhar a concorrência pública' lançada para o serviço

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 12.04.2020 às 09:09 Última atualização: 12.04.2020 às 09:10

Brasil terá estratégia para ampliar testagem da Covid-19 Foto: Divulgacao/MS
O Ministério da Saúde pretende espalhar "centros de coleta de emergência" por todo o País, para acelerar a realização de testes de coronavírus para casos leves, ou seja, pessoas que apresentaram alguns sintomas menos graves da doença e que precisam fazer o exame para checar a situação de sua saúde. A ideia é fazer até 50 mil testes por dia. Hoje, o volume que o Brasil tem feito é de apenas 4,2 mil testes diários, em média.

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A informação é do secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. "Não é verdade que estamos testando pouco no Brasil. O que nós vamos fazer é testar mais, baseado numa estratégia de centros de coleta de emergência, com postos volantes para os casos leves", disse. O Brasil é o país que menos testa entre os país com mais casos, em média, são feitos 200 testes para cada 1 milhão de pessoas. O Irã, segundo que menos testa, esta média é de 2 mil testes para cada 1 milhão. 

O plano do Ministério da Saúde prevê que um atendente ou até mesmo uma gravação entre em contato com a população, por telefone, para checar a situação da saúde, sintomas e eventual necessidade de fazer o teste. "A partir daí, seja por meio do robô ou de profissionais, pelo aplicativo ou na unidade de saúde, a pessoa vai ser orientada a procurar uma dessas unidades de coleta, a partir de seus sintomas", comentou Wanderson.

"Na unidade, vai ser coletada a amostra da pessoa. O resultado vai chegar para ela em até 36 horas depois, pelo celular. Queremos que esse prazo seja até menor, de até 24 horas", disse.

Segundo o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, o teste de casos leves ainda não está funcionando porque depende da instalação de máquinas e do "parceiro privado que ganhar a concorrência pública" lançada para o serviço.



Estratégia não testará toda a população

A promessa de testes em massa não prevê, porém, que toda a população do país será testada. "Estamos fazendo o máximo possível de acordo com o que é possível. Pode ter certeza que teremos teste em quantidade suficiente para realizar a avaliação do cenário epidemiológico", disse Wanderson. "O que eu posso garantir para vocês é que nós não teremos testes para todas as pessoas. Os testes são para conhecer a epidemia e para algumas regiões do País, para que a gente possa tomar a decisão baseado na evidência mais robusta possível."

Ainda sem data definida

Há previsão de que um piloto do serviço seja realizado nos próximos dias com a população da região de Curitiba (PR) e do Rio de Janeiro, com utilização de máquinas da Fundação Oswaldo Cruz. "Estamos em parceria com o Instituto Butantã e o Estado de São Paulo, que vai concentrar a maior rede de testagem. A gente vai chegar ao ponto de testar entre 30 mil e 50 mil amostras por dia. Hoje nós fazemos em média 4,2 mil amostras por dia", disse Wanderson.

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