Nesta quarta-feira (15) se encerra o prazo do decreto que fechou comercio e serviços não essenciais em todo o Rio Grande do Sul, mas ampliação ou não da vigência das medidas ainda não está definida pelo governo estadual.
CONTEÚDO ABERTO | Leia todos os conteúdos sobre coronavírus
Conforme afirmou durante uma transmissão ao vivo, na tarde desta segunda-feira (13), o governador Eduardo Leite aguarda os resultados de uma pesquisa iniciada neste final de semana, pela Universidade Federal de Pelotas, que realiza entrevistas e testes em 4.500 moradores de diversos municípios gaúchos, assim como o envio de dados atualizados sobre a situação dos mais de 300 hospitais gaúchos. "É com base na pesquisa científica, nos dados de exames e internações em leitos de UTI e leitos clínicos, que nós vamos poder acompanhar a evolução dos casos do Rio Grande do Sul e tomarmos decisões sobre mais ou menos vedações no nosso Estado", disse.
Outro ponto levantado por Leite é levar em conta a situação. Até esta tarde, 81 cidades gaúchas registraram tiveram casos confirmado para Covid-19 e os casos fatais chegaram a 17.
Leite também afirmou que a distribuição do primeiro lote de testes rápidos, cerca de 25 mil unidades, vai contemplar todos os municípios gaúchos, conforme critérios preestabelecidos, que levam em conta a população de cada cidade e o número de casos registrados. Conforme o governador, cidades com até cinco mil habitantes deverão receber uma caixa, que conta com 20 testes rápidos. Cidade entre cinco e 20 mil habitantes deverão receber duas caixas com testes, priorizando a realização em profissionais da saúde, segurança pública, agentes penitenciários e pessoas que tiveram contato com pessoas infectadas. "Isso vai permitir o Estado a melhorar o monitoramento e consequentemente a identificação dos casos", destacou o governador.
A secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, também participou da transmissão e confirmou a ampliação do repasse Ministério da Saúde ao Estado e municípios. Ao todos serão incrementados R$ 260 milhões. "Deste valor R$ 79 milhões estarão sob gestão estadual, ou seja, hospitais contratualizados pelo Estado. Um volume muito grande, de R$ 181 milhões estão sobre gestão municipal. Então fizemos uma reunião com o Cosems [Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul], e este recurso deverá ser aplicado prioritariamente para complementar a rede assistencial", disse a secretária, afirmando que Estado e municípios vão dividir a compra de leitos de UTI.
Novo Hamburgo deverá receber R$ 10 milhões, assim como Canoas e Pelotas R$ 12 milhões e Porto Alegre R$ 60 milhões. Leite reiterou que a aplicação do recurso extra deve ser tratado de forma conjunta e coordenada entre os municípios e o Estado.