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Notícias | Especial Coronavírus Combate ao coronavírus

Como vai funcionar o plano de distanciamento controlado no Rio Grande do Sul

Nova estratégia que deve começar a valer em maio foi apresentada nesta manhã pelo governador Eduardo Leite

Por Igor Müller
Publicado em: 21.04.2020 às 11:29 Última atualização: 21.04.2020 às 13:14

A partir de maio, Estado terá novas regras para enfrentamento da pandemia Foto: Eduardo Andrejew
Convencido de que o novo coronavírus continuará em circulação por um longo período e que o achatamento imediato da curva de contágio vai acabar ampliando o tempo de convívio da sociedade com a doença, o governo do Rio Grande do Sul prepara a implantação de um plano de distanciamento controlado a partir de maio. Ao invés de restrições mais duras e genéricas, o Estado vai cruzar dezenas de dados e indicadores para definir a política de distanciamento a ser aplicada em cada uma das sete macrorregiões gaúchas. Ainda não há uma previsão de como e quando serão retomadas as aulas nas redes pública e privada.

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Embora ainda esteja em construção, a estratégia foi detalhada pelo governador Eduardo Leite na manhã desta terça-feira (21) em seu pronunciamento diário, ao vivo pela Internet. O plano já havia sido apresentado na noite anterior a representantes de 50 organismos e entidades que representam os principais segmentos econômicos do Estado. "É uma estratégia mista, modulada e pactuada com a sociedade. Prioriza a vida, com retomada da atividade econômica. Não é flexibilização aleatória. Não é volta à normalidade", pontuou Leite antes de detalhar o plano.

Uma das premissas da nova estratégia, que deve ser finalizada até o fim do mês, é a segmentação regional e por grandes áreas socioeconômicas (educação, indústria, comércio...). Não haverá mais regra única para todo o Estado e sim para cada uma das sete grandes regiões gaúchas. Dezenas de indicadores regionais que vão desde a disponibilidade de leitos de UTI e registros de casos e mortes por Covid-19 até dados da movimentação social serão utilizados para abastecer um diagnóstico com dois pilares: nível de transmissão e capacidade de resposta no sistema de saúde.

Ou seja: a partir de maio, regiões que apresentarem menores níveis de transmissão e maior capacidade hospitalar (especialmente de respiradores e leitos de UTI), terão bandeira verde, ou seja, poderão retomar mais segmentos da economia. Da mesma forma que regiões com maiores níveis de transmissão e menor capacidade hospitalar terão que endurecer as regras de distanciamento social. O monitoramento será permanente e feito de forma transparente, buscando assim o engajamento da sociedade e do empresariado. "É um grande esforço para que tenhamos um modelo mais sustentável. Vamos ter que conviver mais tempo com o vírus, protegendo a vida e mantendo a atividade econômica", resumiu Leite.

Ele explica que a construção do que chama de "modelo diferenciado" no Brasil só é possível agora porque o Estado já dispõe de mais dados e informações sobre o comportamento da Covid-19 tanto em solo gaúcho quanto em outros pontos do Brasil e do mundo. "O Rio Grande do Sul é modelo. As ações de distanciamento social funcionaram e estão funcionando. Temos taxa de crescimento menor que em outros Estados. Isso nos permite desenhar o novo modelo. Observamos desde exemplos como o da Áustria, que está flexibilizando por matriz de atividade, até apontamentos de grandes consultorias internacionais", justificou.

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