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Notícias | Especial Coronavírus Pandemia

Hospital de Campanha contará com 50 leitos, diz Fátima Daudt à Rádio ABC

Em entrevista nesta quarta-feira, a prefeita ainda destacou as medidas para o plano de contingência, como o uso da estrutura do Hospital Regina

Por Jauri Belmonte
Publicado em: 22.04.2020 às 12:32 Última atualização: 23.04.2020 às 08:57

Vista aérea da Fenac, em Novo Hamburgo Foto: Divulgação
Em entrevista à Rádio ABC na manhã desta quarta-feira (22), a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt abordou diversos assuntos, como o transporte público, possíveis divergências do decreto municipal com relação ao estadual, bem como as vacinas da gripe. Primeiramente, quanto ao transporte, Fátima ratificou que a prefeitura buscará tomar os números de passageiros que ocupam cada linha, principalmente nos horários de pico, levando em conta as mudanças na rotina por conta da pandemia do coronavírus.


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"Vamos a campo para comprovar os números. Sabemos que esse problema acontece em várias cidades. E aqui em Novo Hamburgo, se comparada ao início da pandemia, a situação é outra. O comércio já está reabrindo e o movimento é maior, mas sabemos que a vida não voltou ao normal. Teremos esse vírus conosco por muito tempo", disse. "Estamos recebendo a reclamação de muitos ônibus lotados, afinal de contas, o ônibus é um meio de contágio. E o que estamos fazendo hoje é verificando essas denúncias". 

A higienização dos ônibus acontece por meio de um decreto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e da Diretoria de Transportes. "Também sabemos que as questões que envolvem o transporte público na cidade vêm de tempo e não são fáceis, quando focamos em um diálogo entre empresas e prefeitura, por exemplo. Por conta das mudanças nos hábitos, em qualquer lugar, o transporte público obviamente vai sofrer", frisou a prefeita.

Quando questionada sobre a nova licitação do transporte na cidade, Fátima respondeu: "Novo Hamburgo tinha um estudo de licitação para o seu transporte; ele está pronto, mas necessita da audiência pública para ser encaminhado para o Tribunal de Contas. Não conseguimos fazer a audiência pública por conta da pandemia, é o que está travando".

Com relação aos decretos de Novo Hamburgo e o governo do Estado, partindo das particularidades, Fátima afirma que a cidade responde ao Ministério Púbico do Rio Grande do Sul sobre a denúncia dos municípios da região metropolitana não estarem seguindo as normas do decreto do Estado. "Nosso embasamento é muito bom, e, inclusive, somos um pouco mais restritivos do que o Estado, como restaurantes e lancherias, por exemplo, que a partir das 17 horas  não estão autorizados a abrir, apenas fazendo serviços de tele-entrega na maioria das vezes. Ou seja, tivemos esse cuidado, um diferencial com relação a alguns pontos. Também precisamos ter um cuidado com relação ao atendimento, mesmo que individual. Temos que seguir o que o MPRS recomenda".

O problema da volta às aulas

A prefeita se mostrou receosa quanto à volta às aulas. Para Fátima, as escolas são vetores de transmissão do vírus, devido ao fato de as crianças serem assintomáticas. "Embora muitos pais queiram a volta das aulas, as crianças são assintomáticas, brincam e pegam tudo, se tocam. Tudo é na inocência. Minha maior preocupação é com relação às escoals. As crianças não têm o mesmo cuidado que nós, adultos, muitas vezes. Isso me preocupa, mas também sei que o ano letivo pode ser comprometido", frisou.

Vacinas

Segundo a prefeita, nesta quarta-feira devem chegar mais doses à cidade.Aproximadamentee 35 mil hamburguenses-os prioritários - já foram imunizados. "Acredito que todo este cenário está mudando a cabeça das pessoas. Acho que teremos um novo modelo daqui em diante. Antes tínhamos muitas fake news sobre as vacinas, mas, agora, as pessoas terão um embasamento maior sobre a importância da vacinação. Assim que chegarem, colocaremos à disposição dos grupos de risco", disse.

Novos leitos à disposição

Após cem colaboradores do Hospital Regina serem desligados na segunda-feira (20), a prefeita Fátima Daudt se reuniu com a administração a fim de estabelecer uma parceria pensando no cenário de combate à pandemia. "Isso faz parte do nosso plano de contingência. Queremos ter até 90 leitos clinicos para internação e mais 10 leitos de UTI".

Além disso, temos o Hospital de Campanha, que deve ser dentro dos pavilhões da Fenac. "Temos a possibilidade, em meio ao risco de contágio, contar com a estrutura do Regina e mais o Hospital de Campanha que começará a ser erguido (sem data prevista), mas que deve durar uns 10 dias. Nele, serão 50 leitos. Existem três empresas com suas propostas encaminhadas à Prefeitura. O projeto foi feito por lá. Precisamos passar por alguns processos até iniciar a construção", disse a prefeita.

"Ao mesmo tempo que estamos nos esforçando para que o vírus não ganhe força na cidade, na outra ponta trabalhamos para ter uma estrutura adequada, caso venha acontecer. Temos exemplos de cidades que não fizeram isso, o que é uma irresponsabilidade. Precisamos trabalhar nas duas frentes. Torcemos que não seja necessário utilizar essa estrutura", destacou.

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