Depois de uma queda no número de atendimentos na Central de Triagem da Covid-19, em Novo Hamburgo, a procura pelo serviço aumentou. Durante o período de 17 a 22 de abril, a média diária de atendimentos era inferior a 14 pessoas. Agora, 23 pessoas por dia, nesta quinta e sexta-feria (24), foram recepcionadas no local, que funciona ao lado do Hospital Municipal, com sintomas gripais. Do total, oito pessoas foram internadas, duas estão em observação, 21 estão em isolamento domiciliar e 15 receberam alta.
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Este aumento coincide com as medidas que flexibilizam o decreto de isolamento social, há duas semanas, e o tempo de incubação do vírus. Apesar do aumento, o atendimento ainda é considerado dentro do normal para Rafaga Fontoura, presidente da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH). "Isso era esperado. O vírus está aí e não vai embora tão cedo", resume.
Para Rafaga, a situação se manterá até que se tenha uma vacina ou medicamento para combater a Covid-19. "E mesmo quando a gente tiver um medicamento efetivo contra ele, ele vai continuar aí, como a H1N1, que tem vacina, mas as pessoas contraem ainda", acrescenta.
Conforme ele, a gestão do sistema ainda está no controle. "Estamos vendo o que está acontecendo, ou para ser mais inflexível, ou para ser mais flexível. A gente sabe que vai ter o contágio, mas quando se fala de achatar a curva, se fala exatamente em espraiar o número de contaminados para que não haja um pico agudo."
Por fim, o presidente da Fundação de Saúde diz que mais casos serão registrados, "dentro da normalidade, mas principalmente dentro da capacidade de nosso sistema de saúde."
A partir deste sábado, passa ser obrigatório o uso de máscaras em Novo Hamburgo. Já após 2 de maio, o não cumprimento do uso da proteção estará sujeito à fiscalização pela Central de Fiscalização.