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Notícias | Especial Coronavírus Educação afetada

'Ano letivo não termina em dezembro', afirma secretária de Educação de Novo Hamburgo

Na entrevista à Rádio ABC, Maristela Guasselli disse que serão necessárias algumas medidas, mas que não venham a sobrecarregar alunos e professores

Por Jauri Belmonte
Publicado em: 24.04.2020 às 12:10 Última atualização: 24.04.2020 às 12:38

Secretária de Educação de Novo Hamburgo, Maristela Guasselli Foto: Debora Ertel/GES-Especial

"Ano letivo não termina em dezembro. Não vamos perdê-lo, mas teremos que pensar em alternativas. Aulas aos sábados ou, até mesmo, entrar em 2021. Temos que estar preparados para receber os alunos e professores quando tudo voltar ao normal. Com os alunos de volta, podemos fazer atividades extras à distância, mas como complemento, com a dosagem certa para não sobrecarregar nem alunos e nem professores", frisou a secretária de Educação de Novo Hamburgo, Maristela Guasselli, durante o programa Ponto e Contraponto da Rádio ABC, na manhã desta sexta-feira (24). Durante a entrevista, ela, que também é docente, revelou que todas as decisões serão tomadas de acordo com cada cenário, especialmente de alunos e professores. Em um dos trechos da entrevista, também disse que a educação à distância – o conhecido método EAD –  pode ser um apoio, mas não uma solução.

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"Não sou contra o EAD, mas não podemos naturalizar um cenário que não existe. Nem todos os alunos têm as mesmas condições. Como será o acesso? Todos terão tablets e Internet de qualidade para acessar? Por isso precisamos ter cautela e equilíbrio, sem atropelar as coisas. Falamos de crianças e jovens em processo de formação. Temos que ter o contato com as famílias para incentivar a leitura e o estudo, mas com foco e bom senso. O administrativo e o pedagógico devem estar juntos", frisou.

Maristela também destacou que, embora a posição da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Su (Famursl), por exemplo, seja pela recuperação presencial para o Ensino Fundamental, várias cidades, inclusive Novo Hamburgo, trabalham com opções e recursos virtuais que buscam facilitar o aprendizado. "Não sabemos quando voltar, não é um cenário que vivemos. Já programamos alguns calendários, seguindo orientações da Undime, já que o Ministério da Educação, o MEC não se manifesta. O Conselho Nacional de Educação emitiu uma nota, sugerindo um calendário, pedindo às entidades acadêmicas sugestões. Porém, todas as instituições acadêmicas se posicionaram contra o parecer do conselho", falou. 

Além disso, revelou que desde o mês de março vem promovendo reuniões virtuais com o objetivo de amparar a equipe de gestores e professores da rede, reorganizando a formação continuada, que prevê mil horas. "Precisamos buscar alternativas viáveis e nos aproximar das equipes e dos professores, por isso estamos prestando, em meio à quarentena, assessoria a eles. Para se ter ideia, desde 2018 usamos um pacote de aplicativos e programas para alunos e professores, além de equipes diretivas da Secretaria da Educação. Por meio do Google, está disponível para mais de 27 mil alunos da rede municipal, permitindo guardar arquivos, fotos, vídeos para facilitar as salas virtuais por turmas", disse.

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