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Notícias | Especial Coronavírus Pandemia

'Aulas não voltarão no dia 4 de maio', diz governador, sobre rede estadual

Nova data ainda não está definida, mas Leite afirma que anúncio sobre o planejamento deve ser divulgado ainda nesta semana; decisão também deve balizar a rede particular

Por Bianca Dilly
Publicado em: 28.04.2020 às 15:14 Última atualização: 28.04.2020 às 15:26

Foto por: Reprodução
Descrição da foto: AO VIVO: governador atualiza informações sobre o combate ao novo coronavírus
As aulas da rede estadual não serão reiniciadas com o fim da vigência do atual decreto, marcado para esta quinta-feira (30). “Não voltarão a partir da próxima segunda-feira (4), já que nesta sexta-feira (1º) temos feriado”, disse o governador Eduardo Leite, em transmissão ao vivo pelas redes sociais na tarde desta terça-feira (28). A decisão também deve balizar a rede particular de ensino.

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Segundo Leite, a nova data ainda não está acertada, mas o planejamento deve ser divulgado ainda nesta semana. “Estamos definindo se o retorno se dará ao longo do mês de maio ou no mês de junho”, afirmou. O governador destacou que antes do recomeço das aulas, outras medidas precisam ser detalhadas. “Estamos observando os protocolos que deverão ser atendidos para que possamos retomar em segurança. Isso poderá exigir a compra de materiais, por exemplo, que na rede pública podem demandar mais tempo de organização”, explicou.

Plano de distanciamento social controlado

Outro assunto tratado pelo governador durante a live foi o novo modelo de distanciamento social controlado que deve entrar em vigor no Rio Grande do Sul. A previsão inicial era de que o plano fosse concluído nesta terça (28), mas acabou sendo prorrogado e está em fase final de elaboração. “Até quinta-feira (30) anunciaremos a migração efetiva, o novo passo para a segmentação regional, com as novas regiões do Estado definidas. Também o novo decreto, que substituirá o que está em vigor”, ressaltou Leite.

Atualmente, de forma prática, o Estado está dividido em apenas duas regiões: o que é região metropolitana de Porto Alegre e o que não é. “Segmentados em mais regiões, pegando indicadores, como o de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), perfil da população, pessoas internadas pela Covid-19, entre outras. São os dados científicos que vão definir as regiões e suas bandeiras de risco”, detalha.

Detalhamento do novo modelo

Além disso, serão pelo menos 12 setores econômicos elencados no Rio Grande do Sul. “E 50 atividades econômicas distribuídas nestes setores. Como são quatro bandeiras de risco, temos que definir quatro níveis de protocolos para cada uma das 50 atividades”, diz. Com um modelo tão detalhado, Leite comenta que é preciso organização. “Para que possa entrar em operação e termos sucesso, que temos certeza que ocorrerá, precisamos ter tudo estruturado. Até para conseguir comunicar adequadamente a todos os gaúchos sobre como vai funcionar e formatar a apresentação de forma clara”, frisa, destacando que por isso deve levar mais alguns dias até o anúncio. O novo modelo também leva em conta situações preocupantes no Estado, de cidades como Lajeado, Passo Fundo e Marau.

Colaboração

O governador ainda sublinhou a participação da sociedade civil no novo modelo de distanciamento. “Até sexta-feira, recebemos opiniões de setores econômicos, universidades e até partidos políticos. Foram mais de 200 e-mails com colaborações de diversas fontes”, resume. Com isso, não será possível substituir integralmente o decreto estadual a partir de sexta-feira (1º). “Hoje pela manhã tivemos uma reunião muito intensa com o gabinete de crise e estamos avaliando os diferentes formatos, opiniões, fórmulas, regiões e segmentação setorial”, pontuou, destacando que a preocupação é ampla – com a saúde, economia, educação, com todos as áreas.

Novo contingenciamento

Após um contingenciamento de R$ 420 milhões em gastos pelo governo do Estado, foi anunciado um novo corte. Por meio de decreto, o contingenciamento de mais R$ 40 milhões foi citado por Leite. “É para garantir que teremos condições de atender a saúde, já que a arrecadação reduz com a pandemia”, aponta. Sobre isso, afirmou que a redução na arrecadação na casa dos R$ 750 milhões. “Quase R$ 600 milhões em ICMS e R$ 146 milhões a menos em IPVA. Estamos ajustando o máximo possível na nossa despesa”, diz.

Edital do Inova RS

Para fomentar o conhecimento científico no combate ao novo coronavírus, foi lançado hoje edital do programa Inova RS, no valor de R$ 1,2 milhão. “Visa estimular a produção de conhecimentos utilizando a base científica já instalada no Estado. Serão produtos, serviços ou processos relacionados que ajudem no enfretamento à pandemia”, conclui.

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