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Notícias | Especial Coronavírus Medidas agradaram

Prefeitos da região avaliam anúncios feitos pelo governador Eduardo Leite

Lideranças destacam adoção de critérios técnicos e científicos, bem como elogiam zoneamento mais "fragmentado" apresentado pelo Piratini

Por João Victor Torres
Publicado em: 30.04.2020 às 18:39 Última atualização: 30.04.2020 às 19:08

Presidente da Amvars, Tânia sinaliza que observa critérios técnicos embasando as decisões do Estado Foto: Divulgação
Com a nova política de distanciamento social controlado apresentada pelo governo do Estado nesta quinta-feira (30), prefeitos da região enxergam avanços nas medidas do parte do Piratini para conter a pandemia causada pelo novo coronavírus. Lideranças consideram importante adoção de critérios científicos e o monitoramento semanal desses dados pelo Executivo gaúcho para determinar as cores das quatro bandeiras, que modulam os níveis de restrição de cada uma das 20 regiões do Rio Grande do Sul, conforme deliberação do Piratini. Inclusive, este novo formato para a divisão das cidades arrancou elogios dos gestores municipais.

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As ações que levam em conta o modelo estadual entram em vigor apenas na próxima semana, enquanto isso, o governador Eduardo Leite emitirá um decreto transitório até a conclusão dos protocolos específicos para cada atividade econômica. E nas próximas horas é esperada a publicação de determinação que, para quem está na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), libera os comércios dessas cidades a funcionar. Este, aliás, um dos maiores pleitos das lideranças dos Vale do Sinos, Caí e Paranhana.

De forma geral, diferentemente do que ocorreu no dia 15 de abril, quando Leite prorrogou as restrições à região, agora há um sentimento de alívio e satisfação. Ao todo, as cidades que formam a área de abrangência do Jornal NH foram divididas em cinco grupos, cujas referências são: Novo Hamburgo, Canoas, Caxias do Sul (trio de regiões com bandeira laranja), e Capão da Canoa e Taquara (dupla de regiões em situação de bandeira amarela). Anteriormente, a grande maioria integrava a RMPA.

Segundo a presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars) e prefeita de Dois Irmãos, Tânia Terezinha da Silva, há melhora. E ressalta ser necessária a colaboração intensa por parte da população para que, logo ali na frente, as restrições não sejam retomadas. “Vamos precisar muito do apoio da comunidade”, afirma. Nesta sexta-feira (1º), Tânia convocou o primeiro escalão para analisar o decreto transitório do Estado. “Precisamos ver o que está escrito para definirmos o que pode abrir”, indica, ao apontar uma tendência de flexibilização para permitir a reabertura do comércio dois-irmonense. “Será uma retomada gradual”, acrescenta.

Cautela semelhante é adotada pelo prefeito de Ivoti, Martin Kalkamann, que considera essencial o monitoramento constante dos dados coletados a partir do distanciamento social controlado e a determinação das medidas a serem adotadas a cada semana. “Achei outro acerto a decisão de obrigar a utilização de máscaras no transporte coletivo. Até considero que deveria ter sido adotada antes”, pontua. Kalkmann, assim como a presidente da Amvars, espera ter acesso ao decreto para definir aquilo que efetivamente deverá reabrir no município.

Em Campo Bom, o prefeito Luciano Orsi adianta que manterá liberada a atividade comercial, como já tinha determinado anteriormente, mas agora afirma ter maior tranquilidade para manter aquilo que estava em prática. “O caminho vem de acordo com o que estávamos fazendo, ou seja, trabalhar com dados – tendo condições de fazer testes rápidos e avaliações mais práticas – medidas mais severas e até mesmo reabertura de atividades produtivas, que implementamos aqui”, diz.

A partir desta determinação avalia que há coerência por parte do governo gaúcho. “Achava incoerente vedar aos municípios o direito de avaliar a sua situação. Então acredito que poderemos ter uma avaliação mais estratégica e uma referência para que pudéssemos nos orientar”, completa, ao reafirmar que manterá em alerta os cuidados sanitários necessários.

Já o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio do Caí (Amvarc) e prefeito de Harmonia, Carlos Alberto Fink, explica que as localidades ficaram sob o conglomerado liderado por Canoas e Caxias do Sul. Algo que, na rotina de quem reside por lá, é natural em função das referências de saúde. “Temos uma luta de muitos anos para tornar o Hospital de Montenegro nossa referência para alta complexidade”, pontua. Apesar disso, ressalta que a decisão do Estado respeita este critério e não vê maiores problemas. “Não é momento de ser rebelde”, avalia.

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