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Notícias | Especial Coronavírus Repercussão

Prefeitos e entidades avaliam o novo modelo 3As de Monitoramento da pandemia

Lideranças destacam a autonomia regional proposta pelo novo plano do governo do Estado

Por Joceline Silveira
Publicado em: 15.05.2021 às 08:51 Última atualização: 15.05.2021 às 08:52

Hospitais ainda trabalham no limite da capacidade nas áreas Covid Foto: Laira Souza/Comunicação HU
Representantes de setores produtivos e prefeitos avaliaram o novo sistema de gestão da pandemia no Rio Grande do Sul. Apresentado pelo governador Eduardo Leite, nesta sexta-feira, o modelo chamado de 3As de Monitoramento - Aviso, Alerta e Ação, utiliza dados epidemiológicos e de acompanhamento do serviço de saúde para subsidiar o processo de tomada de decisão dos gestores. Um decreto será publicado neste sábado e as regras passam a valer já neste domingo (16).

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“O modelo anterior, apesar de ter sido válido em determinado período, chegou ao esgotamento, perdendo credibilidade e desagradando aos que queriam uma abertura maior e, também, aos que queriam um fechamento maior. Ainda é cedo para avaliarmos (o decreto ainda não foi publicado), mas esperamos que este novo modelo atenda melhor aos quesitos saúde pública e economia. E, como tem acontecido durante todo este período de pandemia, estaremos atentos para ajudar os governantes a tomarem as melhores decisões”, afirma o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Marcelo Lauxen Kehl.

Sirlei Silveira, prefeita de Taquara, comenta: “Eu acredito que devolvendo a autonomia para os municípios a gente pode trabalhar enquanto região e atender mais a necessidade pontual de cada cidade. Da forma global, que alcançava todo Estado, como era o modelo antigo, deixava tudo muito injusto porque cada cidade, cada região é uma realidade diferente.”

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, anunciou decisão: “Dialogamos com o nosso comitê e decidimos prorrogar as medidas restritivas como estão até a próxima terça. Na segunda vamos reunir o comitê e avaliar as mudanças propostas pelo Estado para tomar uma posição que permita seguir cuidando da vida.”

O prefeito de Igrejinha, Leandro Horlle, pondera que “o melhor remédio ainda é a prevenção e o cuidado a nível regional”. Em relação ao modelo anterior, ele comenta que “muitas vezes tínhamos que seguir as regras do modelo antigo que não atendiam as nossas necessidades. Mas nesse modelo novo cada municípios poderá adequar o que se enquadra na sua realidade. Claro, precisamos seguir monitorando”, finaliza.

A prefeita de Sapiranga, Carina Nath, destaca que “dar autonomia aos municípios aumentará a capacidade coordenar as ações de combate, de acordo com a realidade de cada cidade, além de tornar mais efetivas as práticas para minimizar o impacto da pandemia na economia.”

Representantes de associações avaliam o novo sistema AAA

Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara) e prefeito de Parobé. Diego Picucha, o novo modelo do sistema de distanciamento controlado pode ser benéfico na medida que deve fornecer maior autonomia aos municípios, para que ajam conforme suas realidades e avaliações técnicas, levando em conta fatores fundamentais como a saúde da comunidade e a economia de cada cidade.

“Estamos em contato direto entre os prefeitos da região da Ampara para definirmos se ainda possuímos alguma sugestão para ser acrescentada/alterada a ser encaminhada em tempo hábil. Só teremos a real dimensão desse novo sistema após a publicação oficial do decreto do governador, quando então teremos os novos parâmetros realmente estabelecidos”, destaca Picucha.

Luciano Orsi, presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos (Amvars), que reúne os municípios da região liderada por Novo Hamburgo, participou da reunião que lançou o novo sistema e afirmou que os prefeitos devem avaliar os protocolos variáveis no final de semana e uma reunião deve acontecer segunda-feira, para definições da Região 7.

“O novo sistema é parecido com o sistema antigo, mas com uma metodologia diferente. Ele tem os protocolos obrigatórios e aqueles passíveis de mudança, então os prefeitos vão avaliar suas necessidades, dar uma olhada nos protocolos e provavelmente na segunda vamos nos reunir para avaliar, dentro das condições atuais da pandemia nos municípios, quais daqueles protocolos variáveis, que nós vamos achar que é prudente mudar nesse momento, para que se tenha uma certa flexibilização e fique dentro de um certo controle.”

“Domingo começa a vigorar o protocolo padrão variável e depois, com certeza, os prefeitos vão se reunir e avaliar possíveis flexibilizações, procurando um consenso do que é possível avançar nesse momento”, finaliza Orsi.

“Nós entendemos que o sistema dos 3As é bem-vindo para aqueles gestores que já têm esse controle em seus municípios. Mas claro, para funcionar, precisamos da adesão da população, que a população entenda que a pandemia não acabou e ainda estamos em um cenário crítico da doença”, avaliou o secretário de Governança e Enfrentamento à Pandemia de Canoas, Felipe Martini.


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