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Notícias | Especial Coronavírus Passo importante

Organização Mundial da Saúde aprova Coronavac para uso emergencial

De acordo com a OMS, a vacina é recomendada para adultos a partir de 18 anos, com aplicação em duas doses, sendo o intervalo entre estas de entre duas a quatro semanas

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 01.06.2021 às 13:09 Última atualização: 01.06.2021 às 13:16
No Brasil, Coronavac é usada de forma emergencial desde janeiro deste ano Foto: Emanuel Borges da Silva/Governo de São Paulo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa em comunicado nesta terça-feira (1) que aprovou a vacina Coronavac, da chinesa Sinovac, para uso emergencial contra a covid-19. Com isso, a entidade diz que dá a países, financiadores e comunidades a garantia de que ela "atende aos padrões para segurança, eficácia e fabricação". O imunizante é o mais utilizado no Brasil até o momento, com fabricação aqui pelo Instituto Butantan.
 
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A declaração dada agora pela OMS é um requisito para que a vacina seja ofertada no Mecanismo Covax e para que participe de licitações internacionais. "Isso permite que países acelerem sua própria aprovação regulatória para importar e administrar vacinas contra a covid-19", diz a entidade.
 
A avaliação é feita por um grupo composto por especialistas em regulação do mundo e por um Grupo de Aconselhamento Técnico. A OMS disse que, no caso da CoronaVac, a avaliação incluiu inspeções in loco do local de produção na China.
 
A OMS diz que a vacina usa o vírus inativado e tem requisitos "simples" para estocagem, o que a torna "muito gerenciável e particularmente adequada" para condições de "baixos recursos".
 
De acordo com a OMS, a vacina é recomendada para adultos a partir de 18 anos, com aplicação em duas doses, sendo o intervalo entre estas de entre duas a quatro semanas. "Os resultados de eficácia mostraram que a vacina evitou a doença sintomática em 51% dos vacinados e evitou covid-19 severa e hospitalizações em 100% da população estudada", destaca a OMS.
 
A entidade nota que poucos adultos a partir de 60 anos fizeram parte dos estudos clínicos, por isso a eficácia não pôde ser estimada para essa faixa etária. Ainda assim, a OMS diz que não está recomendando um limite máximo de idade, pois dados posteriores em vários países sugerem que ela também protege os mais velhos. "Não há razão para acreditar que a vacina tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais novas", diz a instituição.
 
As vacinas já aprovadas pela OMS para uso emergencial incluem ainda a da Pfizer/BioNTech, da Astrazeneca-SK Bio, do Instituto Serum da Índia, da Astra Zeneca UE, da Janssen, da Moderna e a da chinesa Sinopharm, diz a nota da organização.
Doria comemora

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comemorou a aprovação OMS. Para Doria, a medida abre caminho para que outros países aceitem a entrada de pessoas vacinadas com as duas doses do imunizante contra a covid-19, com a abertura de fronteiras esperada para os próximos meses. "Ela (Coronavac) passa a fazer parte do consórcio internacional de vacinas e abre caminho para que outros países aceitem pessoas imunizadas com a Coronavac", afirmou o governador na conta que mantém no Twitter.

Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde anunciou a medida. Um dos efeitos da aprovação do imunizante é que o Brasil poderá receber doses do imunizante por meio do Covax Facility, consórcio organizado pela OMS. No Twitter, Doria ainda exaltou o Butantan na produção do imunizante. "É o reconhecimento global da segurança e eficácia da Vacina do Butantan no combate à Covid-19".

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