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Notícias | Gramado SEGUNDA EXPOSIÇÃO

Uma imaginação fértil e muito talento com apenas 7 anos; conheça o jovem que participa da Coletiva dos Artistas

Luís Henrique Gomes já está em sua segunda exposição. Durante a pandemia, fez campanha solidária em troca de desenhos seus

Publicado em: 14.07.2023 às 14:24 Última atualização: 14.07.2023 às 14:25

 Ir na Coletiva dos Artistas é conhecer, olhar e analisar diferentes tipos de trabalhos de profissionais da cidade. Com a maioria deles já consagrados e tendo a arte como profissão, a exposição, que está em cartaz no Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen, ao lado do Lago Joaquina Rita Bier, também conta com artistas mirins, que estão em fase de aprendizagem, desenvolvimento e entendendo o que é essa área.

Obra do Luís Henrique Gomes na Coletiva dos Artistas
Obra do Luís Henrique Gomes na Coletiva dos Artistas Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

Um desses jovens é o pequeno Luís Henrique Gomes, de 7 anos. Morador da Vila do Sol, estuda na escola Nossa Senhora de Fátima. Ele levou uma tela, denominada “Alien, O Salvador da Espécie Humana”, em que utiliza técnicas de pintura e colagem. Sim, fez objetos em 3D.

Quando questionado sobre o assunto desenhado, ele é enfático. “Na obra tem um alienígena que ficou preso na árvore ao cair da nave. Ele foi pegar feijão no chão e maçã na árvore, porque estão vindo procurar alimento na Terra”, afirma.

Na nave, utilizou lantejoulas. Os brilhos, como glitter e outros objetos que brilham, são a marca registrada do pequeno, que sempre inclui algum elemento do tipo em todas as suas obras. Já o próprio alien foi feito com barbante.

E a inspiração? Conforme a mãe, Roseli Gomes, a imaginação de Luís é extremamente fértil. Absorve situações de sua rotina, histórias que ouve no cotidiano e transforma em telas que possuem informações além do básico.

“Ele vai de um mundo para outro. Ele estava se alimentando mal e contratamos uma nutricionista, que é coach. E começou a ensinar como ele podia se alimentar melhor. E então ele trouxe isso para um de seus desenhos”, pontua, sobre a arte alienígena.

Obra do Luís Henrique Gomes na Coletiva dos Artistas Gramadenses
Obra do Luís Henrique Gomes na Coletiva dos Artistas Gramadenses Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

O tempo também mostra os avanços nas técnicas. Agora, esboça o desenho antes em uma folha própria para somente após passar para o quadro. “Pintar é minha atividade favorita. Mas eu não pinto todo dia, gosto de desenhar quando eu quero”, enfatiza Luís. Sobre as cores usadas, ele tem a resposta na ponta da língua. “Uso as que vão combinar com o desenho.”

Para a coordenadora do centro de cultura e artista, Débora Irion, o menino tem um talento nato para as artes. "Fico muito feliz, pois ter jovens talentos nas nossas exposições vem de encontro com um dos objetivos nossos, que é proporcionar oportunidade para novos artistas. O Luís é um menino talentoso, que tem um caminho que começa a ser trilhado na arte em nosso município", afirma.

Obra do Luís Henrique Gomes na Coletiva dos Artistas Gramadenses de 2021
Obra do Luís Henrique Gomes na Coletiva dos Artistas Gramadenses de 2021 Foto: Arquivo pessoal

O início na pandemia

 Apesar de tão novo, esta não é a primeira vez que ele participa da mostra. Em 2021, com 5 anos, levou sua representação própria dos Minions. “Desde bebê ele desenha. Estimulamos ele muito cedo, para trabalhar coordenação motora, saber as cores”, conta Roseli.

Foi na pandemia que o jovem desenvolveu e fez mais de 30 desenhos, em um ato de solidariedade. “Na pandemia, quando tudo fechou, várias famílias ficaram desempregadas. Então ele e eu conversamos e tivemos uma ideia. Eu dava tinta para ele pintar, papel de desenho, e oferecíamos para as pessoas a pintura em troca de leite”, relembra Rose.

 Luís Henrique Gomes pintando em casa
Luís Henrique Gomes pintando em casa Foto: Arquivo pessoal

A campanha foi um sucesso. Mais de 320 litros foram arrecadados e entregues à escola do menino, que fez a distribuição.

O futuro

Luís ainda não sabe se seguirá no ramo quando crescer. Mas já tem um desejo do que gostaria para o futuro. “Queria ser astronauta, mas como está dando muito acidente com foguete, no espaço, vou ser professor de Astronomia”, diz, ainda afirmando que estudará inglês para levar toda a família para conhecer a Disney.

Para a mãe, ele deve ser livre para fazer as próprias escolhas. “Se ele quiser, vou apoiar, mas não quero que seja algo estressante. Estou mostrando o caminho. Mas incentivo meus dois filhos a brincarem, estimular para que não fiquei robotizados e tenham sua liberdade de expressão. E que ao verem a exposição, isso também seja exemplo para outras mães. A criança vai fazer lambuzo, vai sujar. E não só com tinta, eu deixo se divertirem com barro, jornal. Dizem que é aquilo né, casa feliz é uma casa bagunçada”, finaliza Rose.

Uma exposição solo do jovem não é descartado e é estudada entre a Cultura e a família.

Fernanda Fauth

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Fernanda Fauth

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