GRAMADO: Podas de árvores em locais de risco foram solicitadas por moradores meses antes
Residentes das áreas informaram que procuraram Secretaria de Meio Ambiente e abriram protocolos no Fala Cidadão
Moradores revelaram durante reunião pública, na manhã deste sábado (25), que pedidos por podas e cortes de árvores foram solicitados há meses e até anos anteriores, nos locais de risco e que há riscos de quedas de barreiras.
Segundo os residentes do Três Pinheiros, diversas solicitações foram realizadas para a Secretaria de Meio Ambiente e registros no Fala Cidadão foram feitos.
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"Eu vou e volto da Várzea Grande quatro vezes por dia. Trabalho na Piratini. Me dá medo de passar toda vez por aquela Pedreira, para cima da Famastil, próximo ao hotel. Os plátanos, as árvores estão virando. A opinião, o comentário é unânime, vamos podar aquilo, aquilo está vindo abaixo. Ali tem uma casa. Peço a atenção de vocês para isso. Olhem para os eucaliptos, já tem parte desbarrancada", pontua a moradora Giovana Rech.
Os moradores também questionam sobre para onde vão as demandas do Fala Cidadão, por falta de retorno ou atuação nessas demandas. "Dêem atenção ao Fala Cidadão, pois é o leigo, é a pessoa que talvez não tenham nem o segundo grau, é o cidadão que está no dia a dia do bairro, nós estamos levando o problema, estamos gritando por ajuda", complementa Giovana.
"A minha cunhada, quantas vezes reclamou dos eucaliptos. Se cair um deles, de 40 metros, morro abaixo, desenfreado, onde vai parar? Vai deitar na cama dela. Quantas vezes foi ligado e reclamaram para cortar, mas nunca foi ouvido", finaliza.
A reportagem questionou a administração municipal, que ia averiguar os pedidos. Mas Roberto Cavallin, servidor do Executivo municipal, que esteve presente no encontro no Legislativo, coloca que, muitas vezes, há medo de fazer podas e assinar documentos, por possíveis denúncias de ambientalistas para o Ministério Público.
"Quando estive no Meio Ambiente, na coordenação de podas, tinha servidor que tinha medo de fazer a poda. Porque um dia ele precisou passar um dia todo na Polícia Civil dando explicação, sobre uma poda que ele fez e que não tinha liberação escrita. E era um plátano em área aberta. Mas teve denúncia de ambientalista. Então é preciso entender os dois lados da fatia", explica.
O promotor de Justiça, Max Guazzelli, que esteve presente na reunião, reiterou que "nunca nenhum cidadão foi processado por podar uma árvore".