Vírus de Marburg, um dos mais letais do mundo, tem surto confirmado pela OMS
Nove mortes foram confirmadas e 16 casos são investigados como suspeitos na Guiné Equatorial
A Guiné Equatorial, na África Central, confirmou seu primeiro surto do vírus de Marburg, da mesma família do ebola. A regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) na África informou na segunda-feira (13) que nove mortes foram confirmadas e 16 casos são investigados como suspeitos.
A doença de Marburg causa febre hemorrágica, com taxa de letalidade de até 88%, de acordo com a OMS, o que faz dele um dos vírus mais mortais do mundo. O quadro começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Muitos pacientes desenvolvem sintomas hemorrágicos graves dentro de sete dias.
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A doença foi detectada pela primeira vez em 1967, com surtos simultâneos nas cidades alemãs de Marburg e Frankfurt, e em Belgrado, na Sérvia. O vírus é transmitido aos humanos por morcegos frugívoros e se espalha entre os humanos por meio do contato direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infectados.
Por ora, não há vacinas ou tratamentos antivirais. Contudo, segundo a OMS, cuidados de suporte (reidratação com fluidos orais ou intravenosos) e tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevida do paciente.
Em 2004, um surto do vírus na Angola matou 90% dos 252 infectados. No ano passado, houve duas mortes relatadas pelo Marburg em Gana.
Reunião de emergência
Frente aos nove óbitos confirmados, a OMS anunciou na terça-feira (14) uma reunião de emergência do consórcio denominado Marvac, que promove a colaboração internacional para o desenvolvimento de vacinas contra o vírus de Marburg.
O consórcio é coordenado pela OMS e inclui representantes da indústria farmacêutica, organizações sem fins lucrativos, autoridades e academia. Os membros se reuniram para fazer um balanço da situação epidemiológica no país, bem como dos possíveis tratamentos e vacinas disponíveis.
Com agências internacionais