Incêndios na Austrália são comparados a "grandes erupção vulcânicas" e podem ter afetado clima no Brasil
Catástrofe, conhecida como Verão Negro, aconteceu entre o fim de 2019 e início de 2020. Veja o que aponta estudo
A catástrofe de incêndios florestais na Austrália, também conhecida como Verão Negro, pode ter contribuído para a seca no Brasil nos últimos três anos de La Niña. Um estudo publicado na revista científica Science Advances aponta que as chamas expeliram tanta fumaça que é possível que tenham alimentado o início global do fenômeno em 2020 – e gerou, ainda, emissões em uma escala semelhante a de grandes erupções vulcânicas.
Conforme a MetSul Meteorologia, a pesquisa indica que o fogo no país australiano pode ter prolongado o fenômeno no Brasil. No RS, resultou em perdas de centenas de bilhões de reais na agricultura, bem como seca intensa na Argentina e no Uruguai.
O fogo também levou à formação de vastos bancos de nuvens sobre o Sudeste do Oceano Pacífico. Isso resultou na absolvição da radiação do sol e levou ao resfriamento das temperaturas das águas superficiais. O processo pode ter ajudado a desencadear o início de um "mergulho triplo" de La Niña que moldou os padrões climáticos de setembro de 2020 a março de 2023. Além das secas, as chamas também provocaram uma série de ciclones tropicais.
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Incêndios causaram graves danos ao país do fim de 2019 ao início de 2020. Milhões de animais foram mortos e cidades ficaram cobertas por uma fumaça nociva.
Ainda segundo a MetSul, os pesquisadores John Fasullo e Nan Rosenbloom, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos, usaram a modelagem para demonstrar como as emissões dos incêndios florestais podem mudar os padrões climáticos.