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Notícias | Mundo MISTÉRIO NO MAR

SUBMARINO DO TITANIC: Saiba como funcionava embarcação que sumiu no Oceano Atlântico

Submersível geralmente carrega um piloto, três clientes e um funcionário

Publicado em: 22.06.2023 às 15:12 Última atualização: 22.06.2023 às 15:13

Ao longo das mais de 2 horas de passeio que custavam US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) por pessoa, a embarcação da empresa privada OceanGate Expeditions, que sumiu enquanto fazia uma excursão turística para visitar destroços do Titanic, contava com um sistema que previa diferenças de pressão e até garantia um suporte de 96 horas de ar para os tripulantes.

O submarino Titan desapareceu no Oceano Atlântico no domingo (18) e, nesta quinta (22), a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que destroços foram encontrados em extrema profundidade, próximos ao Titanic.


Submarino que desapareceu em expedição ao Titanic
Submarino que desapareceu em expedição ao Titanic Foto: Reprodução/Redes Sociais

Para entender melhor a operação do veículo subaquático Titan, é preciso saber que se trata de um submersível. Diferente dos já conhecidos submarinos, essas embarcações não operam de forma autônoma e precisam do controle de uma plataforma de apoio para funcionar. Enquanto o passeio acontece, o Titan conta com uma base que controla a ida e volta e evita turbulências na superfície, o que pode atrapalhar a operação.

O valor cobrado pelo ingresso do passeio, aliás, é justificado pela empresa com uma série de protocolos de segurança. Diferente de outras embarcações do mesmo tipo, a da agência americana seria capaz de prever e analisar diferenças de pressão que poderiam afetar o submersível a depender da profundidade.

O submarino tem três telas, apenas um botão, um banheiro improvisado e uma única vista direta para o oceano. O veículo é dirigido por meio de uma manete que lembra um controle de videogame.

Num vídeo gravado para a CBC de Newfoundland há cerca de dez meses, Stockton Rush mostrou detalhes do interior do submarino Titan. Dentro do veículo, há três telas - uma com as informações da navegação, outra voltada para o sonar e uma tela maior, ao fundo, em que imagens são exibidas para os passageiros.

Rush explica que a embarcação é dirigida por meio de um aparelho que lembra uma manete de videogame. A tripulação leva peças sobressalentes caso o controle, embora feito num material resistente, apresente problemas no fundo do mar.

Em outro trecho do vídeo, ele explicou um pouco dos bastidores da expedição, como o fato de uma estrutura de metal servir de banheiro para os passageiros, diante da única vista direta para o oceano.

"Este é o único toalete disponível durante o mergulho profundo. É o melhor lugar da casa, em que você pode olhar pela janela de visualização. Colocamos uma tela de privacidade, aumentamos a música e faz sucesso", conta Rush.

Botão

A operação do Titan conta com apenas um botão, que muda de vermelho para verde quando é acionado, e vice-versa. "O submarino é como se fosse um elevador", disse o CEO Rush numa entrevista de 2022. "Não exige muita habilidade [para conduzi-lo]".

Segundo a OceanGate, o sistema promove a detecção de alerta precoce para o piloto com tempo suficiente para interromper a descida e retornar com segurança à superfície. A agência de turismo detalha, ainda, o que seria o chamado sistema de amortecimento que permite um passeio supostamente seguro.

No site, eles garantem: "uma vez submersa, a plataforma usa um sistema de amortecimento de movimento patenteado para permanecer acoplada à superfície e ainda fornecer uma plataforma subaquática estável".

A OceanGate diz que o Titan é o único submersível do mundo capaz de levar até cinco pessoas a profundidades de 4 mil metros. No entanto, embora a profundidade pareça levar tempo para ser alcançada, eles informam em seu site que o retorno de todo o sistema de segurança à superfície acontece em apenas dois minutos. "Ao final de cada mergulho, o submersível chega à plataforma submersa e todo o sistema é trazido à superfície em aproximadamente dois minutos, enchendo os tanques com ar", explica.


Desaparecimento

O passeio para conhecer o que restou do Titanic começou a ser operado pela empresa em 2021. Em dois anos, não tinha um caso de desaparecimento como este no Oceano Atlântico. No entanto, segundo o site de notícias de tecnologia GeekWire, a embarcação foi reformada para conseguir operar. Isso porque, depois de realizar alguns testes, a OceanGate teria determinado que o Titan não suportaria a pressão de um mergulho de 4 mil metros.

O submersível geralmente carrega um piloto, três clientes e um funcionário que a empresa chama de "especialista em conteúdo". Durante a visita aos destroços do Titanic, alguns guias explicam e realizam pesquisas no local.

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