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SUBMARINO DO TITANIC: Passageiros perceberam falha antes da implosão do submersível; saiba o que disse ex-funcionário da OceanGate

Submersível desapareceu dia 18 junho, apenas uma hora e 35 minutos após iniciar a jornada até os destroços do navio

Publicado em: 04.07.2023 às 09:39 Última atualização: 04.07.2023 às 11:34

O ex-conselheiro da OceanGate revelou em uma entrevista para o The New Yorker, na segunda-feira (3), que os tripulantes do submarino Titan perceberam a falha no veículo e tentaram abortar a missão antes do acidente. De acordo com Rob McCallum, os cinco passageiros tentaram entrar em contato com a superfície pouco antes da implosão.


Marinha dos EUA escutou a implosão do submarino no domingo | Jornal NH
Marinha dos EUA escutou a implosão do submarino no domingo Foto: Divulgação

“O relatório que recebi imediatamente após o evento – muito antes da identificação do problema – foi que o submarino estava afundado a cerca 3,5 mil metros”, falou McCallum. Ele ainda explicou que o submersível “perdeu peso”, ou seja, o mergulho foi abortado e, em seguida, teve a comunicação com sua nave-mãe cortada.


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McCallum também conduz uma empresa responsável por viagens aos destroços do Titanic e afirmou utilizar submarinos que podem chegar a 5,8 km de profundidade e são aprovados pela DNV, entidade que regula o serviço. Já a OceanGate, está envolvida em diversas polêmicas devido a efetividade de suas embarcações.

Em um e-mail compartilhado pela revista, outro ex-funcionário alertou sobre problemas de “controle de qualidade e segurança” do submersível. O homem, que preferiu não se identificar, afirmou que a organização ignorou uma carta assinada por 38 empresários, exploradores de águas profundas e oceanógrafos sobre e experimentação do veículo.

Antes de embarcar no veículo, os passageiros assinaram um documento que isenta a companhia de qualquer responsabilidade pelo acidente.

“Eu, [nome da pessoa] reconheço que me inscrevi voluntariamente para participar de uma operação submersível organizada pela OceanGate Expeditions”, relata um trecho do termo, compartilhado pelo TMZ. Eles continuam falando que “uma parte da operação será realizada dentro de um submersível experimental. A embarcação não foi aprovada ou certificada por qualquer órgão regulador e pode ser construída com materiais que não foram amplamente usados em submersíveis ocupados por humanos”.

A agência Reuters ouviu alguns especialistas jurídicos, que falaram que mesmo com a assinatura do termo, os familiares das vítimas podem processar a empresa responsável. “Se houver aspectos do projeto ou construção desta embarcação que foram mantidos em sigilo ou se ela foi operada conscientemente, apesar da informação de que não era adequada para este mergulho, isso iria absolutamente contra a validade dos termos”, detalhou Matthew D. Schaffer, profissional de direito marítimo.

(*) Conteúdo revisado por Juliana Flor

Yasmin Mallmann

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