Neste domingo (16), amigos e familiares de Alexandre dos Santos Langner, 17 anos, e Gustavo da Silva Silbershlach, 15, estavam no local desde cedo e acompanharam as buscas no Rio dos Sinos, no trecho do bairro Santo Afonso. Os corpos dos dois jovens que se afogaram foram localizados no final da manhã. Em silêncio, todos acompanhavam o trabalho dos bombeiros que estavam no local. Enquanto um mergulhador fazia buscas dentro da água, o outro auxiliava de dentro do barco. Alguns jovens que estavam junto com as vítimas no momento do desaparecimento, indicaram o lugar onde viram os dois pela última vez.
No meio do caminho de volta à margem, Alexandre parou, pois não tinha mais forças nos braços e começou a se afogar. “Eu e Gustavo fomos tentar ajudar. O meu irmão acabou nos puxando para baixo, mas eu consegui nadar e me segurar em uns galhos na margem, mas ele e o Gustavo sumiram na água", disse.
Os amigos relataram que eles estavam entre um grupo de cerca de dez jovens e todos sabiam nadar. “O rio parece calmo, mas tem correnteza e é muito fundo aqui. Deve ter uns cinco metro de profundidade”, conta um morador das proximidades que costuma pescar no local.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Novo Hamburgo, o chamado dos familiares ocorreu por volta das 18h20 do sábado, contudo, devido ao anoitecer, as buscas precisaram ser interrompidas. O trabalho de resgate reiniciou por volta das 10h30 deste domingo (16), quando uma equipe de mergulhadores do Grupamento de Buscas e Salvamento (GBS) chegou ao local do afogamento.
Os mergulhadores acessaram o rio pela Prainha, no bairro Lomba Grande, e desceram de barco até o local. O trajeto até o local levaria em torno de 10 minutos, mas devido ao baixo nível do rio e a presença de muitos galhos da água, a embarcação levou cerca de 25 minutos para chegar ao local onde os familiares aguardavam. Após as testemunhas indicarem onde os dois teriam se afogado, iniciaram a procura, localizando os corpos cerca de 1h30 depois.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo e os corpos serão removidos ao IML.
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, não há registros recentes de afogamentos no local, que costuma ser frequentado principalmente por pescadores, pois devido a profundidade das águas torna-se mais perigoso para banho.