Pacto pelo Futuro reúne empresários e Prefeitura para definir ações contra a Covid-19

Convocadas na semana passada pela Prefeitura, lideranças empresariais de setores importantes da economia hamburguense deram início, na tarde de terça-feira (12), à construção do Pacto pelo Futuro de Novo Hamburgo. A iniciativa foi apresentada, em reunião que levou mais de duas horas, pela prefeita Fatima Daudt. A proposta é de que juntos, Executivo e iniciativa privada discutam e definam ações de prevenção ao contágio do novo coronavírus para uma retomada gradual e responsável da economia no Município.

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Na abertura, Fatima destacou a importância dessa união. "Precisamos trabalhar juntos, dividir responsabilidades para sairmos juntos dessa pandemia", falou a prefeita. Ela apresentou, ainda, aos empresários a tecnologia utilizada no acompanhamento dos casos de Covid-19 que conta com informações detalhadas de cada caso confirmado do vírus em Novo Hamburgo.

A construção do pacto foi aprovada pelas lideranças dos setores industrial, de comércio e serviços. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Novo Hamburgo, Remi Scheffler, pontua que a iniciativa é muito válida, já que todos estão no mesmo barco. "Ficamos muito satisfeitos com a proposta da prefeita em fazermos esse pacto de união. Assim, com a experiência que nós temos, cada um dando uma opinião, conseguimos polir cada vez mais todas as vezes que a prefeita emitir um novo decreto", fala.

Já o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Industriais e Agrícolas de Novo Hamburgo e Região, Marlos David Schmidt, também aprovou a proposta para que as melhores estratégias de combate sejam traçadas. "Bem interessante e importante essa iniciativa para esse momento. Essa interlocução mais presente é fundamental."

Impacto gerado

Outro ponto destacado no encontro foram os reflexos negativos nas atividades econômicas. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo, Jorge Stoffel, lembra que lojas foram fechadas e demissões ocorreram. "Esses números também precisam ser levados em conta para que as ações e estratégias sejam assertivas e rápidas na retomada.

O diretor da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Marco Aurélio Kirsch, frisa que a iniciativa privada está sempre aberta. "Não haveria por que não participar de um pacto proativo. Um planejamento urgente é preciso para o pós-pandemia."

Próximo passo: estudo do Sebrae

Com o passo inicial para a construção do pacto dado ontem à tarde, a secretária hamburguense de Desenvolvimento Econômico, Paraskevi Bessa-Rodrigues, fará contato com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas para que a entidade estude alternativas e ações aos setores da economia do Município. Kirsch salientou, ainda, que é preciso evoluir na previsibilidade do planejamento dos negócios que, hoje, dependem dos decretos municipais e estaduais, editados de um dia para o outro. "Já estamos há 60 dias nesse sacrifício e precisamos de sacrifícios dos dois lados - poder público e iniciativa privada."

Comprometimento em todas as esferas

A data do próximo encontro de construção do pacto ainda não foi marcada. Entretanto, a pauta da reunião já está definida: apresentação de alternativas e a definição de ações práticas. "Os empresários se mostraram tão comprometidos quanto a Administração Municipal", avalia Fatima.

Além de Scheffel, Schmidt, Stoffel e Kirsch, participaram da reunião: vice-presidente de Turismo de Hospitalidade da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, Manuel Suárez e lideranças do cluster coureiro-calçadista como Haroldo Ferreira e Milton Killing.