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Notícias | Novo Hamburgo Entrevista

'Temos que ficar atentos à ampliação da desigualdade', diz secretária sobre ensino remoto

Maristela Guaselli acredita utilização da plataforma on-line, como aulas/horas, pode prejudicar alunos que vivem em condições distintas

Por Jauri Belmonte
Publicado em: 01.06.2020 às 14:01 Última atualização: 01.06.2020 às 14:01

Maristela Guaselli Foto: Debora Ertel/GES-Especial

"São estratégias importantes, mas que não atendem todos os jovens e crianças da mesma maneira". Foi assim que a secretária de Educação de Novo Hamburgo, Maristela Guaselli, iniciou sua entrevista na manhã desta segunda-feira (1º), na Rádio ABC 103.3 FM, quando abordada sobre a questão do ensino da rede estadual, que retornou hoje, de forma remota, o ano letivo, ainda que sem a participação dos estudantes. Para ela, a metodologia apresenta limitações quanto à aprendizagem e pode afetar a qualidade do ensino não só no Rio Grande do Sul, como em qualquer estado brasileiro.  

"É um ponto chave para estarmos atentos. Fizemos vários debates com a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime) e com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Todos os alunos precisam ser contemplados e nós, professores, buscamos nos adaptar", destacou.

A secretária frisa, ainda, que as ferramentas on-line de aprendizagem, já são usadas em sala de aula em Novo Hamburgo desde 2018, mas acredita que a educação não se pode resumir a isso. "Aqui, todos os alunos e professores têm acesso à plataforma Classroom, da Google for Education, mas é uma metodologia alinhada à educação presencial, por isso, existe essa  diferença, uma vez que nem todos têm acesso. Vejo um equívoco que as atividades remotas passem a corresponder a carga horária/aula."

A secretária acredita que deve haver atenção para não ser gerada uma lacuna ainda maior de desigualdade no ensino. "A disposição dos recursos tecnológicos é heterogênea entre a população. Além das condições, existe, ainda, a questão da faixa etária, das condições e orientação familiar, por exemplo. Sem contar nos mais novos que, ainda, não sabem ler". Maristela afirma que em Novo Hamburgo existem 15 mil alunos com idade igual ou inferior a 8 anos.

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