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Notícias | Novo Hamburgo Coronavírus

Fatima afirmou ter sido pega de surpresa com o tom da manifestação da ACI

Em entrevista à Rádio ABC, a prefeita também falou sobre os passos que Novo Hamburgo deve seguir para sair da bandeira vermelha e sobre os problemas do negacionismo

Por Jauri Belmonte
Publicado em: 25.06.2020 às 12:14 Última atualização: 25.06.2020 às 12:51

Na manhã desta quinta-feira (25), a prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, falou no Ponto e Contraponto da Rádio ABC 103.3 FM sobre a resposta dada, por meio de ofício, às sugestões da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha encaminhadas à Prefeitura. Fatima afirmou ter sido pega de surpresa com o tom da manifestação da entidade, pois antes dos questionamentos e colocações feitos pela ACI, houve uma reunião que buscou discutir economia e saúde em meio à pandemia. 

"Tivemos uma reunião solicitada pela Prefeitura, com todas as entidades do município. E neste dia foi falado sobre profissionais da linha de frente, que estão ficando doentes e dado espaço a todos os presentes, inclusive o diretor da ACI que estava na palestra, de questionar e fazer colocações pertinentes. Isso não aconteceu e, um dia depois, sou pega de surpresa com os questionamentos. Só nos chamou a atenção a forma agressiva como isso aconteceu. Em momento algum houve questionamento de tópicos que chegaram para a Prefeitura de Novo Hamburgo como acusação", frisou a prefeita.

Segundo ela, o município está agindo dentro da conformidade. "Médicos e técnicos dizem que nosso plano de contingência está bom, dentro do que podemos fazer. Não trabalhamos com escolhas, mas sim, com opções". Na terça-feira (23), a ACI hasteou uma bandeira preta, manifestando além do apoio à saúde, em tempos de pandemia, solidariedade aos empresários e aos problemas que a economia local que sofre restrições há 90 dias. Na nota publicada pela ACI, a entidade afirmou que as lideranças deveriam ter se planejado para enfrentar crise anunciada há 4 meses.

Para Fatima, a decisão da entidade em hastear uma bandeira preta destoa do real problema que o vírus vem causando: a perda de vidas. "A impressão que me deu foi que a história da bandeira preta serviu para dar uma provocada ainda maior. Hastear uma bandeira preta por conta da economia, eu entendo. Mas temos que hastear bandeira preta é pelas mortes que vêm acontecendo. É uma questão de bom senso", frisou.

O que fazer para sair da bandeira vermelha?

Fatima frisa que já foi líder empresarial por meia década, mas que hoje, como prefeita, precisa defender a vida e a economia. "Não é apenas da minha cabeça que saem as coisas. Eu escuto todos sempre. Se não cuidarmos agora, cumprindo as determinações, teremos problemas. Esse momento é essencial para a economia".

De acordo com a prefeita hamburguense, o cenário da bandeira vermelha na região serve para a população refletir sobre o problema que as aglomerações causaram, que é a pausa na economia local. "Os impactos sobre a economia local, onde muita gente reclama, não refletem só aqui. Temos empresas calçadistas que vendem para São Paulo e outros lugares do mundo", destacou. "O vírus existe, ele é perigoso, as pessoas precisam ter essa consciência. É um trabalho coletivo de todos", completa.

Para voltarmos à bandeira laranja é necessário compreensão de todos. "Não temos como colocar um fiscal de babá para cada cidadão. As pessoas precisam ter a consciência de que em uma festinha, ele pode contaminar outras pessoas. É uma troca de copo, um abraço, isso pode resultar em imposições como fechamento de comércio, por exemplo", destacou.

"Sabemos que a população tem grupo negacionista, e isso é ruim. Porque há fiscais que são hostilizados por essas pessoas enquanto fazem o seu trabalho. Acredito que esse negacionismo é a pior parte com relação à pandemia".

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