A Associação dos Transportadores Escolares de Novo Hamburgo (ATE-NH), que representa 76 transportadores do Município, organizou manifestação pacífica no estacionamento do Centro Administrativo Leopoldo Petry na tarde desta terça-feira (14). O grupo quer que a Prefeitura conceda algum tipo de auxílio emergencial à categoria, desde 18 de março sem trabalhar por conta do fechamento das escolas. Uma comissão esperava ser recebida pela prefeita, Fátima Daudt, para tratar do assunto.
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A associação chegou anteriormente a sugerir à Prefeitura a utilização dos vans escolares no transporte coletivo, o que permitiria às concessionárias a redução momentânea da frota sem prejudicar o serviço prestado aos usuários, medida que não avançou. “Propomos para a Prefeitura assumirmos parte das linhas de ônibus dos transportes coletivos, já que as empresas de ônibus argumentavam que estava deficitário pela queda no número de passageiros. Isso nos ajudaria e atenderia esta necessidade. A Prefeitura preferiu ajudar as empresas. Com isso, estamos nos mobilizando novamente, mas desta vez queremos algum apoio do poder público, já que estamos impedidos de trabalhar”, resume Márcio Rogério Kovalski, um dos representantes da associação.
Na segunda-feira (13), por 11 votos favoráveis e dois contrários, a Câmara de Vereadores aprovou em primeiro turno o socorro ao transporte coletivo de Novo Hamburgo. A proposta passará por segunda votação na quarta-feira (15), que é análise definitiva por parte dos parlamentares hamburguenses sobre o tema. O texto encaminhado pela Prefeitura possibilita a abertura de crédito extraordinário de até R$ 1,8 milhão para subsidiar a continuidade do serviço durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Conforme o projeto, as concessionárias devem encaminhar planilhas de gastos e arrecadação ao Executivo para que seja verificado o valor do repasse mensal. Os limites estão estabelecidos na proposta e vão de R$ 280 mil, se estiver vigente a bandeira laranja, a R$ 468 mil, quando Novo Hamburgo permanecer sob as normas de bandeiras vermelha ou preta.
Até o momento, a Prefeitura não se manifestou sobre a manifestação e o pedido dos transportadores escolares.