Novo Hamburgo e o ônus de ser a cidade referência em Saúde na região

Novo Hamburgo chegou a 1.684 casos confirmados de Covid e 68 mortes. Os pacientes recuperados da doença já são 1.023, conforme a Prefeitura. Mas, somente na semana passada, 307 novos casos foram confirmados na cidade que, assim como o Estado, vê a pandemia tomar outra dimensão. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem 90% das regiões do Distanciamento Controlado consideradas como alto risco de transmissão do vírus. Pesquisadores e agentes de saúde também não conseguem precisar se o Estado vive o pico do contágio.

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As taxas de ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em leitos clínicos também têm aumentado e preocupado. Nesta segunda-feira (20), conforme informações do site de monitoramento da Covid, mantido pelo governo do Estado, Novo Hamburgo tinha apenas dois dos 57 leitos de UTI disponíveis nos três hospitais da cidade. Ambos, no Hospital Unimed, que atende apenas a particulares e plano de saúde. 

Além de atender a pacientes moradores da própria cidade, Novo Hamburgo também é referência para outros municípios quando se fala em leitos de UTI. Na rede pública, o Hospital Municipal tem 10 dos 30 leitos regulados pelo Estado, ou seja, que podem receber pacientes de outras cidades. Há mais de duas semanas, a casa de saúde enfrenta lotação máxima e precisa direcionar pacientes a outros hospitais – a Central de Regulação do Estado que faz essa gerência. 

Na rede privada, Novo Hamburgo também é referência. O Município é o único a ter dois hospitais particulares e recebe pacientes de toda a região. Tanto o Hospital Regina quanto o Unimed recebem pacientes fora do Município para atendimento em leitos clínicos. Nesta manhã, conforme o site Covid do Estado, ambos tinham 26 pacientes internados nos 48 espaços possíveis.

Já os 79 leitos para Covid fora de UTI, no Hospital Municipal, são exclusivos para residentes de Novo Hamburgo. Nesta manhã, conforme a Prefeitura, 57 pacientes estavam internados, sendo três em cuidados intensivos, mantidos em leitos semelhantes à UTI.

A Prefeitura montou ainda em março o chamado Centro de Triagem e Referência à Covid, que funciona anexo ao Hospital. É a partir de atendimentos feitos ali, que os pacientes são direcionados à internação. No meio de junho, com o aumento de casos no Município e com dificuldade de contratação de profissionais, equipes que atendem na rede básica passaram a incorporar a equipe do CT. 

Situação nos hospitais

Os únicos dois leitos de UTI vagos em Novo Hamburgo, nesta manhã, estavam no Hospital Unimed. Na casa de saúde, oito dos 10 leitos estavam com pacientes, sendo metade dos pacientes por coronavírus. Já a ocupação dos leitos clínicos exclusivo para Covid era de 62,5%, com 10 dos 16 espacço ocupados. O Hospital Unimed não tem leitos SUS, apenas privados.

O Hospital Regina tinha todos os 17 leitos de UTI ocupados nesta manhã – um dos leitos é mantido pelo SUS. Já a taxa de ocupação dos leitos clínicos Covid estava em 50%, com 16 dos 32 ocupados. Ainda no Hospital Regina, duas crianças estavam internadas por Covid, mas fora da UTI.

Já no Hospital Municipal todos os 30 leitos de UTI seguiam com pacientes.