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Notícias | Novo Hamburgo Equívoco

Após demora na liberação, família é surpreendida por troca de corpos

Filho descobriu que o pai, vítima de AVC, teria tido a identificação trocada com uma vítima de Covid-19

Por Matheus Beck
Publicado em: 22.07.2020 às 03:00 Última atualização: 22.07.2020 às 07:55

Na segunda-feira, dia 13 de julho, às 15h30, Luis Paulo Steffens, 57 anos, morreu no Hospital Municipal de Novo Hamburgo em consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Durante as horas seguintes, além da tristeza pela perda, a família acabou tendo que lidar com outra angústia. O corpo demorou para ser liberado e se descobriu que, por um equívoco ainda não totalmente explicado, ele teria sido confundido com o de outro homem com o mesmo nome, vítima de Covid-19, o que exigiria restrições especiais no sepultamento.

A história foi relatada por Rafael Steffens, 35, empresário que é filho de Luis Steffens. Além de Rafael, o homem de 57 anos deixou os filhos Luis Paulo Steffens Filho, 32, Augusto Steffens, 28 e o pai, José Gilberto Steffens, 80.

Troca

Rafael conta que após o óbito a família passou a organizar a cerimônia do velório. Durante os procedimentos burocráticos, Rafael foi avisado de um imprevisto. O corpo não seria liberado devido ao diagnóstico de Covid-19 anexo ao corpo do pai. "Eu olhei o atestado de óbito, pois estamos com esse surto e o cara não sabe. Mas não tinha nada", relembra ele, que procurou a administração do hospital para obter informações. Na casa de saúde, Rafael avistou funcionários da funerária que havia contratado e conversou com eles. Ele diz que foi então que acabou descobrindo que o corpo que havia sido entregue à funerária não era o do seu pai. Ele também descobriu que o corpo de Luis Paulo já havia sido removido - seguindo o protocolo específico para sepultamentos em caso de mortes por Covid-19.

A informação recebida pela família, segundo Rafael, é de que os dois homens teriam o mesmo nome, e por isso teria havido uma troca. O corpo de seu pai teve de ser recuperado e só então preparado para o velório no outro dia. "Imagina se vocês chegam no velório às 9 horas da manhã e tem outra pessoa lá?", pergunta Rafael.

Sindicância foi aberta

O Hospital Municipal divulgou nota: "A direção da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), tão logo de conhecimento do fato, acionou a sua equipe do Jurídico e uma sindicância foi aberta na mesma noite com o intuito de analisar a situação. De imediato, o equívoco foi sanado pela administração, que deu todo suporte aos familiares e lamenta o ocorrido." A assessoria de imprensa do Hospital Municipal informou que, de acordo com a direção da fundação, a sindicância está tramitando sob sigilo, conforme normas legais.

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