Escolas estaduais ainda aguardam material para retomar aulas presenciais
Nesta quarta-feira (28), no dia em que passou a ser autorizado retorno da rede pública estadual nos anos finais do fundamental, escolas não retomaram aulas
A grande maioria das escolas públicas estaduais de Novo Hamburgo não retornou às atividades presenciais nos anos finais do ensino fundamental, programada para iniciar nesta quarta-feira (28). Desde o dia 20 deste mês, o retorno das aulas presenciais na rede pública estadual já estava autorizado para os ensinos médio e técnico. Muitas instituições ainda não receberam todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais de higienização.
A diretora Janaína Barbosa de Souza, do Colégio 25 de Julho, conta que recebeu parte dos EPIs, mas que não chegaram as máscaras laváveis que serão fornecidas aos alunos. Sobre a previsão de volta às aulas no colégio, ainda não há uma definição. "Estamos no aguardo da decisão entre o governo e o Cpers", explica a diretora. Escolas como Dom Pedro II, Luíza Teixeira Lauffer, Antônio Vieira e Otávio Rosa relataram a falta de máscaras e adequações obrigatórias.
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Entre as escolas do ensino privado ontem a Sinodal da Paz teve a volta presencial de alunos dos anos finais do fundamental. "O retorno foi um momento muito alegre tanto para a equipe diretiva quanto para os alunos", conta a diretora, Juliane Prediger. Segundo ela, o retorno é escalonado, de acordo com a permissão ou não da família do aluno. O primeiro dia foi de adaptação às medidas exigidas pelo protocolo. A escola conta com duas turmas de 9º Ano e outras duas do 8º. Até 64% dos alunos do último ano do Fundamental retornaram às aulas presenciais, e 43% dos estudantes do 8º Ano voltaram. Os alunos que optarem por seguir com os estudos de casa não serão prejudicados, podendo acompanhar ao vivo as aulas, por meio da plataforma Google Classroom.
Em Novo Hamburgo a rede pública municipal segue sem aulas presenciais.
Famurs reitera posição contrária
A Federação das Associações de Municípios (Famurs) reiterou após reunião ontem sua posição contrária ao retorno das aulas presenciais. A entidade divulgou nota em que aponta que "ainda não é o momento mais seguro para o retorno de servidores e alunos", que "os municípios terão dificuldade para atender os protocolos no transporte escolar" e que "as instituições de ensino não estão devidamente equipadas". Mas os municípios e gestores têm autonomia.