Com quase 500 mortes por Covid, Novo Hamburgo é a cidade da região com o maior número de óbitos pela doença. Somente em março foram 89 perdas para o coronavírus na cidade. Com isso, inevitavelmente aumenta a demanda por serviços funerários e as preocupações de quem trabalha nesse setor.
Proprietário de funerária e cemitério em Novo Hamburgo, Gilberto Luis Franceschetti, está preocupado com a possibilidade de um surto de Covid no ambiente de trabalho. Ele reclama da falta de vacina para os agentes funerários. Franceschetti tem 35 funcionários na empresa, dos quais 30 têm contato com os corpos e com as famílias dos falecidos.
Franceschetti diz perceber um aumento de 25% na demanda entre fevereiro e março. De acordo com o empresário, a funerária responde por 40% dos atendimentos no Município. Segundo ele, a Prefeitura já foi procurada, mas não há previsão de vacinação para os agentes. “Eles não conseguem enxergar a importância que nosso trabalho tem. Se isso não acontecer, imagina o caos que fica. Outros municípios já entenderam”, afirma.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Novo Hamburgo informou que segue os critérios de vacinação, públicos e cronograma estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde. O Município não deu uma data para imunizar os agentes, mesmo que, pelo Ministério, o grupo faça parte dos colaboradores da saúde.
Sobre os hospitais, as três casas de saúde, Hospital Municipal, Hospital da Unimed e Regina garantem que tem estrutura suficiente e adequada para atender os óbitos e garantir a segurança sanitária de familiares e agentes funerários.
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