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Notícias | Novo Hamburgo Educação

Grevistas vão manter aulas remotas, diz Sindprof; Prefeitura confirma retorno presencial para segunda

Segundo a Secretaria da Educação, os profissionais que não comparecerem às escolas vão receber falta

Por Matheus Chaparini e Carlos Rissotto
Publicado em: 06.05.2021 às 15:58 Última atualização: 06.05.2021 às 17:29

Escolas municipais de Novo Hamburgo têm protocolos para volta presencial, afirma Secretaria da Educação Foto: Lu Freitas/ PMNH
A greve foi definida pelo Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo em assembleia virtual na noite desta quarta-feira (5). Participaram da reunião mais de 200 professores, segundo o sindicato. Com a decisão pela greve sanitária, os professores continuam com as aulas remotas, mas não retornam às salas de aula de forma presencial.

“A gente segue fazendo nossas atividades a distância, mas não vamos à escola por entender que é um período de muito risco à saúde e à vida dos professores, dos alunos e das famílias. A categoria decidiu que é o momento errado para o retorno”, afirma o presidente do sindicato, Gabriel Ferreira.

Antes da assembleia, representantes do sindicato foram até a prefeitura, onde se reuniram com a secretária da Educação, Maristela Guasselli, para uma última negociação. Os professores tentaram postergar o retorno ou ter garantia de que o município forneceria máscara de proteção adequadas e internet patrocinada para alunos e educadores. Sem avanço, a assembleia decidiu pela greve.

Ferreira não estima um percentual, mas acredita que a paralisação terá grande adesão da categoria. De acordo com o sindicato, a rede municipal de ensino de Novo Hamburgo tem cerca de 1,7 mil professores. A última greve da categoria, no Município, foi em maio de 2015.

Secretaria da Educação mantém retorno para próxima segunda

De acordo com a secretária de Educação do Município, Maristela Guasselli, a decisão de retomar as aulas presenciais foi “pensada, debatida, esperada, planejada e está mantida”. Para a secretária, a prioridade nesse momento é o atendimento aos alunos. “Precisamos debater também sobre a aprendizagem dos alunos, não ouvi nada sobre isso do sindicato. Precisamos retornar, fazer nossa parte”, relata.

Reivindicações

Segundo a secretária, nenhuma reivindicação dos professores deixou de ser atendida. Sobre as máscaras, a titular da pasta da Educação diz que foi adquirida a proteção para todos os professores da rede municipal. “A máscara que adquirimos é 100% algodão, lavável e de dupla camada. Cada professor receberá três máscaras por mês, assim como os alunos, que vão receber de tamanho menor. Não compramos a N95 porque nenhuma normativa diz que tem que ser essa máscara. Esse tipo de máscara é exigido para profissionais de saúde e não da educação”, pontua.

Ainda sobre as máscaras a secretária afirma que cada escola recebe recursos do Programa Municipal de Gestão Financeira na Escola (Pmgfe) e do Programa Dinheiro Direto na Escola Emergencial (Pddee), que é federal. Segundo ela, esses recursos podem ser usados na compra de EPIs como máscaras caso as escolas não achem adequadas as compradas pelo Município. “Não queremos gastar o dinheiro da escola, por isso fizemos a compra das máscaras, mas esse valor pode ser empregado no que for necessário no dia a dia da escola”, diz.

Sobre a internet patrocinada, outro ponto levantado pelo Sindiprof/NH, Guasselli diz que já há um processo licitatório em andamento desde o ano passado e que está em fase final. “Estamos bem perto da navegação patrocinada paga pelo Município, mas ainda há algumas etapas. Tenho que seguir o protocolo correto”, afirma. Além disso, apesar de não divulgar datas, a secretária disse que novos equipamentos estão sendo adquiridos pela pasta da Educação. “Estamos comprando um Chromebook para cada professor da rede”, revela.

Professores que não comparecerem receberão falta

Segundo a secretária, o cronograma da Secretaria de Educação segue prevendo o retorno das aulas para segunda-feira, dia 10. “Não existe risco zero nem na escola nem fora dela. Precisamos ter cuidado com os protocolos sanitários e também os pedagógicos”.

Mesmo que tenham anunciado que vão seguir trabalhando de maneira remota, a secretária de Educação afirmou que os professores que não comparecerem nas escolas vão receber falta. “Os que comprovarem comorbidades ou apresentarem atestado médico não terão prejuízo, já os demais vão receber falta. Todos os professores estão convocados. Precisamos olhar para nosso direitos, mas também para os nosso deveres”, completa.

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