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Após três horas de assembleia virtual, os professores municipais de Novo Hamburgo decidiram, no fim da noite desta quarta-feira (5), que vão entrar em greve sanitária. Isso signfica que, quem aderir ao movimento grevista, não deverá voltar às escolas na segunda-feira (10), quando começa a retomada das atividades presenciais em toda a rede municipal. Enquanto durar a greve sanitária os professores manterão as atividades remotas.
De acordo com o presidente do SindprofNH, Gabriel Ferreira, a assembleia teve ampla participação do magistério municipal. Ele espera uma adesão expressiva à greve sanitária. "Os professores estão com medo", resumiu ele em rápida entrevista ao final da assembleia. Segundo Ferreira, a mobilização é "em defesa da vida, das vacinas, de condições de trabalho e da proteção da vida dos educadores, dos estudantes e das famílias de todos".
À tarde (portanto antes da assembleia), a Prefeitura informou que a retomada das atividades presenciais na segunda-feira está mantida, independentemente da definição que viria mais tarde. Pela manhã a secretária municipal de Educação, Maristela Guasselli, se reuniu com representantes da categoria e assegurou que há equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e em quantidade suficiente para professores, funcionários e alunos.
"O risco existe em todos os lugares. Com todos os cuidados vamos conseguir retomar o atendimento presencial. Os alunos precisam voltar à escola", defendeu a secretária. Segundo ela, foram investidos quase R$ 3 milhões na compra de EPIs e insumos para limpeza das escolas. "Cada um dos quase 3 mil servidores da educação e 24 mil alunos vai receber um kit mensal de três máscaras de dupla camada de proteção", exemplificou ela.
Nesta semana as escolas municipais de Novo Hamburgo estão fazendo levantamento com as famílias e recebendo os termos de responsabilidade assinados pelos pais que vão mandar os filhos para a sala de aula a partir de segunda. Um dado preliminar da Secretaria de Educação aponta que aproximadamente um terço dos estudantes deverá voltar à escola nos próximos dias. "Cada turma terá no máximo dez ou 12 estudantes. É possível manter distanciamento", argumenta ela, dizendo que já foi acertado com os professores que somente a aula será presencial e as demais atividades, como reuniões e planejamento, todas remotas.
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