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Notícias | Novo Hamburgo Amigas de Mãos Dadas

Grupo comemora 15 anos de vitórias contra o câncer

Amigas de Mãos Dadas faz atendimento multidisciplinar a diagnosticadas

Por Joceline Silveira
Publicado em: 01.07.2021 às 03:00 Última atualização: 01.07.2021 às 08:54

Há 15 anos, no Centro de Novo Hamburgo, nascia o Grupo Amigas de Mãos Dadas. Na época, com 10 pacientes, e duas voluntárias, as fundadoras Flavia Regina Trevisan e Marlise Bernd. O que elas não imaginavam era que a entidade cresceria tão rápido. Hoje, já são mais de 200 mulheres cadastradas em um atendimento que é multidisciplinar e focado no bem-estar de pacientes diagnosticadas com câncer de mama. Para comemorar a trajetória, na tarde desta quarta-feira, o salão nobre da Catedral São Luiz Gonzaga recebeu cerca de 60 integrantes do projeto.

Encontro ontem no salão da Catedral São Luiz Gonzaga reuniu 60 integrantes do grupo Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Seguindo os protocolos de segurança, o evento de aniversário contou com momentos de confraternização e muita emoção.

"São 15 anos de história e muito trabalho. Hoje estamos aqui com muitas voluntárias que chegaram como pacientes. Venceram o câncer e seguiram conosco porque acreditam que a união faz toda a diferença nessa batalha pela vida", disse Flavia.

Tudo começou no dia 30 de junho de 2006. De lá para cá já foram diversos profissionais agregados ao trabalho, prestado gratuitamente. "Hoje temos o coral com professora de música, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social, oficinas de teatro", descreve Marlise, que também atua como psicóloga na instituição.

Também estiveram presentes na comemoração representantes de parceiros do Mãos Dadas, como a prefeitura hamburguense e a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade.

 

Relatos de quem encontrou apoio dentro da iniciativa

“Uma experiência pessoal pode nos impulsionar a fazer mais pelo próximo.” Assim a aposentada Edy Konrad, 78, define seu trabalho voluntário no Mãos Dadas.

Ela chegou ao grupo na primeira leva de pacientes diagnosticadas com câncer de mama. Curada, ela resolveu ajudar outras mulheres a enfrentar a doença.

“No caso do câncer de mama, que tem um impacto não só na saúde, mas nos relacionamentos e na autoestima das mulheres, esse impulso vem da superação e da empatia”, afirma.

“Aqui elas veem que não são as únicas que estão passando por isso, através das trocas de experiência e seus depoimentos vivos”, completa Flavia Regina Trevisan.

Um exemplo disso foi o relato de Sonia Birk, de 69 anos. Há um ano e meio frequentando o Mãos Dadas, Sonia comenta que muito pior do que ter um câncer é deixar-se abalar pela depressão, que pode tornar mais grave a situação. “Aqui encontrei todo o apoio de que precisava e me lembrando o quanto é bonita a vida e sim, vale a pena lutar por ela”, destaca.

Participante destaca importância de buscar e trocar informação

Para Flávia, que faz parte do grupo de apoio a mulheres em tratamento de câncer de mama, informação é fundamental. "Temos que ter autoconhecimento do nosso corpo para notar alterações e levar informações sobre prevenção a todas as regiões do nosso país. As campanhas não podem ficar restritas aos grandes centros", disse.

Quem quiser buscar a ajuda do grupo pode comparecer nas reuniões semanais, que acontecem nas segundas-feiras, a partir das 13h30, no salão da Catedral. Contato pelo telefone (51) 99752-2254.

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