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Notícias | Novo Hamburgo CULTURA

Exposição Heranças que levo adiante reúne artistas da região em Novo Hamburgo

Obras seguem expostas, de forma totalmente gratuita, no Espaço Cultural Albano Hartz até 14 de outubro

Por Carla Fogaça
Publicado em: 11.08.2022 às 18:13 Última atualização: 11.08.2022 às 18:19

A exposição Heranças que levo adiante apresenta obras de dois importantes artistas do Vale do Sinos: Mitti Mendonça (1990) e Carlos Alberto Oliveira - “Carlão” (1951 - 2013). Embora sejam de gerações distintas, a mostra tem como objetivo identificar possíveis diálogos entre as duas poéticas. Na exposição, se encontram 17 obras que foram criadas entre 2019 e 2022 a partir das técnicas de bordado, tapeçaria e arte digital.

Artista Mitti Mendonça, a professora Silvania Riboli e o filho do Carlão, Ezequiel de Oliveira
Artista Mitti Mendonça, a professora Silvania Riboli e o filho do Carlão, Ezequiel de Oliveira Foto: Arquivo divulgação
A artista têxtil e ilustradora Mitti Mendonça nasceu em São Leopoldo, onde iniciou sua trajetória artística. Segundo Mitti, grande parte do seu trabalho foi realizado no ápice da pandemia, período em que procurou um pouco de alívio no que estava acontecendo no mundo. “Minhas obras fazem releituras de retratos de mulheres da minha família, algumas mais figurativas. Elas falam muito da relação em buscar cura e sentido dentro da minha própria história. O título da exposição faz relação a essa questão do bordado, que esse ano marca 100 anos que está entre as mulheres da minha família”, salienta a artista.

Mitti resgata a memória de suas ancestrais utilizando fotografias de mulheres de sua família e também fotografias do século XIX que retratam mulheres negras desconhecidas. As técnicas do bordado e tapeçaria usadas na releitura desses retratos são uma herança que vêm sendo transmitida pelas matriarcas. 

Para a artista, realizar a primeira exposição em Novo Hamburgo é uma grande oportunidade. “Estar ao lado de Carlão nesta exposição é uma honra, pois suas obras continuam ecoando conhecimento e sabedoria. É uma oportunidade que coloca nossos trabalhos em diálogo, e sinto que temos em comum essa necessidade de criar novos imaginários sobre as contribuições negras no solo sul, enquanto narradores de nossas próprias histórias”, acrescenta.

Aberto ao público

Conforme explica a professora e responsável pela memorial do Carlão, Silvania Riboli, a mostra está sendo visitada por alunos da rede municipal de ensino, através do projeto #partiuNovoHamburgo. “Esperamos cerca de 180 alunos por semana até o fim da exposição”, declara.

O espaço está aberto para a comunidade e visitantes em geral de segunda a sexta-feira, das 9 horas às 17 horas, no Centro Cultural Albano Hartz, no Calçadão Osvaldo Cruz. A exposição, que começou na segunda-feira (8), segue até o dia 14 de outubro.

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