Anexo 2 do Hospital Municipal de Novo Hamburgo não precisará de ajustes para receber oncologia
Obra segue conforme cronograma, e prédio de cinco pavimentos deve ficar pronto até o final de 2023
Após análises no projeto de construção do anexo 2 do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, a prefeitura concluiu que não haverá necessidade de adequações para que a estrutura possa dar suporte ao tratamento oncológico, o que permitirá seguir o cronograma das obras.
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A projeção é que a obra seja concluída até o final de 2023. O recurso já está garantido. A administração municipal ainda terá que conseguir dinheiro para equipar o anexo 2, além de contratar profissionais.
A obra é considerada fundamental para que o hospital assuma a referência em oncologia, atendendo pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme já anunciado pela prefeita Fatima Daudt. No final de maio, o Hospital Regina abriu mão do serviço que prestou por duas décadas, alegando defasagem de recursos federais nos últimos anos. Com isso, a referência foi transferida pelo governo do Estado ao Hospital Bom Jesus, em Taquara, o que gerou pressão popular.
A prefeitura vislumbrou na construção do anexo 2 a possibilidade de requerer a referência para um hospital que atende integralmente pelo SUS. De acordo com a prefeita, a possibilidade já vinha sendo analisada desde dezembro, quando o Regina havia deixado de ser referência em oncologia para pacientes de Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha e Ivoti, e ganhou força com a decisão do hospital filantrópico de desistir de atender a oncologia SUS para pacientes de Novo Hamburgo.
"Não é possível ficar à mercê de decisões de instituições privadas quando estamos falando de atendimento SUS", afirmou Fatima em maio, quando os estudos para adequações ao projeto do anexo 2 foram iniciados.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Marcelo Reidel, a primeira fase, que incluía a demolição do prédio antigo, foi concluída recentemente. Os trabalhos de terraplenagem seguem para que as escavações cheguem na cota de projeto do térreo. A próxima fase da obra é o estaqueamento.
Maior ampliação
Cada um dos cinco pavimentos do anexo 2 terá aproximadamente 1.035,25 m², totalizando 5.158,23 m², com todos os ambientes de apoio necessários aos serviços, para conforto de pacientes, acompanhantes e profissionais. Serão 82 leitos, além da implantação de serviços como endoscopia e centro de diagnóstico por imagem.
A nova área contará ainda com seis salas cirúrgicas, aumentando em 150% este tipo de ambiente. Trata-se da maior ampliação da história do Hospital Municipal.
Investimento de R$ 23,4 milhões
Em 2020, o investimento na construção estava orçado em R$ 17.681.038,78, mas os valores foram ajustados em função da inflação. Atualmente, a obra está orçada em R$ 23.456.975,51 e a execução contará com verbas das três esferas de governo – federal, estadual e municipal.
De acordo com o secretário Marcelo Reidel, tão logo a construção ganhe corpo, o Município irá prospectar novos recursos para equipar o local, bem como novas referências para o Hospital Municipal (incluindo a oncologia), visando à aquisição dos equipamentos e custeio dos serviços, todos realizados pelo SUS.
Reidel explica que a definição das referências só poderá ser feita mais próximo da conclusão da obra. "Precisaremos ver o que o Estado terá disponível naquele momento e quais delas o hospital terá condições de pleitear com a nova estrutura."
Ainda conforme o secretário, com a ampliação das referências, novos profissionais deverão ser contratados.
Números
Enquanto o retorno da oncologia do SUS a Novo Hamburgo segue nos planos, a prefeitura atende aos parâmetros de portaria que definiu Taquara como referência.
Atualmente, estão sendo atendidos 1,4 mil pacientes hamburguenses no Hospital Bom Jesus, incluindo em acompanhamento com consultas e revisões periódicas. De acordo com a prefeitura, não há fila de espera para atendimento oncológico.