Desfile Farroupilha celebra a pluralidade das etnias do povo gaúcho no Centro de Novo Hamburgo
Evento que marca o 20 de Setembro ocorreu na Avenida Pedro Adams Filho na manhã desta terça-feira
O Centro de Novo Hamburgo evidenciou o tradicionalismo na manhã desta terça-feira (20). Os cavalarianos do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Terra Nativa abriram o desfile, que foi seguido das apresentações das escolas da rede municipal de ensino, forças municipais de segurança, Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e CTG's.
Eduardo Troes, 38 anos, foi um dos cavalarianos e, no lombo do cavalo, estava também o filho, Guilherme Troes, 3. "É um dia muito importante, passo estes ensinamentos e a vivência da nossa cultura pra ele", comentou Eduardo.
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A cultura dos povos estava na vestimenta, na dança e também na educação. Professores desfilaram com livros que trazem as diferentes etnias que construíram o Estado e o País.
"A celebração deste ano reflete na perspectiva da igualdade pela diversidade das etnias que reforça que somos todos irmãos e irmãs", afirma o secretário de Cultura Ralfe Cardoso, que fez a abertura da festividade ao lado da prefeita Fatima Daudt e demais autoridades do Município e da região."Onde há gaúcho, há CTG, há pilcha, há cultura. O desfile de 7 de Setembro foi lindo e hoje (20) voltamos após a pandemia reverenciando a cultura gaúcha. É tempo de alegria. Somos todos brasileiros e no 20 de Setembro somos peões, prendas e cavalarianos", destaca a prefeita.
A professora Lisiane Gelinger, 38, representou a escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Aldo Pohlmann. "Venho todos os anos pela escola e trouxe minha filha para me acompanhar. Não somos aquelas pessoas que estão no tradicionalismo, mas gostamos do chimarrão, churrasco, da cultura em si", comenta. "Eu gostei muito do meu vestido", completou a filha de Lisiane, a estudante Mariana Elinger, 6.
Churrasco, música e dança
Oficialmente, o desfile começou pouco após as 9 horas, mas antes disso os peões e prendas já cantavam e dançavam celebrando o 20 de Setembro. O CTG Porteira Velha se reuniu na esquina da Rua Tamandaré com a Pedro Adams Filho e até o churrasco fez parte do "abre-alas" gaudério.
"Como tradicionalistas é um orgulho muito grande após dois anos, por conta da pandemia, poder trazer a tradição para este povo de Novo Hamburgo. É como se fosse um recomeço", conta o patrão do Porteira Velha, Jurandir de Oliveira.
O CTG levou para o desfile grupos de invernada e o coral. Sandro Ramos, 56, faz parte do grupo de dança e ressaltou a importância da data. "Eu sou de Santa Catarina, mas vim para cá com cinco anos. Eu sou um apaixonado pela tradição gaúcha. Ela representa a fibra deste povo que segue lutando por seus ideiais até hoje."