Femictec classifica 45 trabalhos para a Mostratec Júnior

A IX Feira Municipal de Iniciação Científica e Tecnológica (Femictec) e a 5ª Olimpíada Municipal de Robótica, que ocorreu em paralelo na Fenac, revelaram os seus ganhadores durante o fim da manhã desta sexta-feira (30). A feira, que voltou a ser presencial depois de dois anos por conta da pandemia, teve início na última quarta-feira (28) e instigou a iniciação à pesquisa científica de alunos da rede municipal de educação de Novo Hamburgo. No ato, os 45 dos 170 projetos de pesquisa e inovação foram selecionados para participar da Mostratec Júnior, que ocorrerá em outubro, representando a cidade de Novo Hamburgo.

Com estimativa de que 9 mil pessoas tenham acompanhado a programação durante os três dias de feira, os projetos dos 650 estudantes da educação infantil e do ensino fundamental foram avaliados por 180 educadores convidados. A emoção tomou conta do ambiente, que reuniu professores, alunos e pais.

Com lágrimas de alegria após receber um dos certificados que dá vaga para participação da Mostratec Júnior, a professora Renata Muriel da Rosa Schneider, da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vila das Flores, conta que esse foi um trabalho desenvolvido pelos 40 alunos da turma, mesmo tão novos, aos cinco anos.

Nomeado como ‘Que ovo é esse?’, o trabalho buscava compreender o processo de metamorfose da borboleta e foi realizado junto com a professora auxiliar, também da educação infantil, Vanessa Ruchel. “Eu trouxe uns ovinhos e foi a partir deles que eles começaram a busca e a observação diária. Eles pegaram todas as fases e conseguiram ver as nossas borboletas que saíram, voltarem para colocar os ovos em nossa horta e fazendo o ciclo da vida. Foi lindo”, declara Renata.

Fantasiadas com asas de borboletas, Isabela da Rosa Chassot, Lavinia Machado de Melo, e Alice Barbosa Muller - as três representantes da turma - receberam as medalhas com sorrisos estampados no rosto. Isabela afirma ter adorado a experiência e já está pronta para a próxima feira. Para Lavínia, a parte mais interessante da pesquisa realizada foi o momento em que trabalharam os casulos, que Isabela explica ser “onde ela [a lagarta] dorme e fica um tempão, até virar uma borboleta linda”. Já Alice se diz muito feliz pela medalha ganha.

Além do trio que está iniciado na vida escolar, alunos mais experientes também levaram para casa o convite para estarem presentes no evento de outubro. Os estudantes da Escola Municipal de Ensino Básico (Emeb) Presidente Getúlio Vargas levaram para o bairro Rincão, onde está a sede do colégio, cinco vagas.

Uma dessas vagas foi contida pelos autores do trabalho ‘A arte e a saúde mental na Emeb Pres. Getúlio Vargas’, dos alunos do 7º ano Gustavo Viana, 12, Carolini Paines, 13, e Matheus Oliveira da Silva, 13. “A ideia de falar sobre a saúde mental foi porque, na pandemia, muitos estudantes acabaram se comprometendo em questão da saúde mental e nós três adoramos a arte”, explica Viana. O professor orientador da pesquisa, Sandro Jorge Dornelles, diz que “não tem fim aqui, isso é só uma passagem que eles vão levar para a vida deles. A pesquisa é o futuro desse país”.