Novo Hamburgo registra cerca de 20 pessoas desaparecidas por mês
Até o momento, o Município tem 104 registros em 2022, sendo que deste número 63 desaparecidos foram localizados
Pelo menos, 30,7 pessoas desaparecem para cada 100 mil habitantes no Brasil, é o que informa os dados do 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, referente ao ano passado. O levantamento indica, ainda, que houve um aumento de 3,2% do número de desaparecidos de 2021 em relação a 2020, ao todo o País registrou 65,225 pessoas desaparecidas no ano passado. Em Novo Hamburgo, neste ano, até o dia 8 de novembro, foram contabilizados 199 desaparecidos. Deste número, 121 foram encontrados: 116 pessoas com vida e cinco corpos localizados.
Identificada idosa que morreu em acidente de trânsito em Osório
Kombi capota após acidente com carro em Ivoti
Além de próteses vencidas, MP investiga reprocessamento irregular dos materiais
Ainda segundo Serrão, a maioria dos sumidos em Novo Hamburgo são homens entre 26 e 45 anos. “A cidade vai conforme o cenário nacional, que indica que a maioria dos desaparecidos são homens acima dos 35 anos”, explica o delegado.
Já as mulheres, os dados da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, indicam que duas com idades entre 18 e 25 anos estão desaparecidas e sete de 26 a 45 anos. Acima dos 45 não tem registro mulheres sumidas, mas, nesta mesma idade, seis homens estão desaparecidos.
Desaparecimentos multicausais
Os motivos dos desaparecimentos são considerados multicausais, quando existe mais de uma causa, embora a mais comum entre os casos de Novo Hamburgo seja a voluntária, que é quando a pessoa se afasta por vontade própria e não avisa ninguém. Além desta, o motivo pode ser considerado involuntário, quando a pessoa desaparece devido a uma situação sobre a qual não tem controle, como um acidente, um problema de saúde, um desastre natural.
Outro motivo é a causa forçada, que é quando outras pessoas provocam o sumiço, sem que o desaparecido concorde com isso. “São os casos de sequestros”, reforça Serrão.
Registro imediato
O delegado salienta que o registro de desaparecimento deve ser realizado na Delegacia de Polícia desde o primeiro momento que perceber o sumiço. “a delegacia funciona em regime de plantão e pode ser registrada a ocorrência de posse das últimas informações sobre o desaparecido. Não existe mais prazo mínimo para registrar o caso”, acrescenta.
Segundo Serrão, no momento da ocorrência a família pode escolher divulgar a foto do desaparecido ou não. “Quando não é autorizado pode atrapalhar na localização da pessoa. Mas é um direito de toda a família querer expor ou não”, explica. Ainda é importante ter informações que podem auxiliar o trabalho policial, como a última roupa usada pela pessoa. “Dizer se é a primeira vez que desaparece, se tinha vícios ou estava passando por problemas, se tinha transtornos psicológicos, se vivia sobre ameaça, além, de contatos de amigos próximos, tudo isso ajuda no momento da procura”, reforça.