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Notícias | Novo Hamburgo VALE DO SINOS

Filho adesiva carro em busca do pai desaparecido há um ano em Novo Hamburgo

Familiares seguem a procura do idoso de 87 anos, que não é visto desde o dia 30 de novembro do ano passado

Por Kassiane Michel
Publicado em: 30.11.2022 às 13:04 Última atualização: 30.11.2022 às 13:57

Há um ano, parentes e amigos de Darci Pivotto vivem a angústia de não saber onde está o morador de Novo Hamburgo de 87 anos. O idoso foi visto pela última vez no dia 30 de novembro de 2021. Darci vivia com o filho Gledson Pivotto e a nora Margarete da Silva no bairro Primavera. Na data, ele teria saído de casa sem ser visto pelos familiares.

Darci Pivotto, de 87 anos, usava a jaquela amarela da foto quando foi visto pela última vez
Darci Pivotto, de 87 anos, usava a jaquela amarela da foto quando foi visto pela última vez Foto: Arquivo Pessoal

"A gente fica sofrendo. O tempo passa e não tem uma definição do que realmente aconteceu", desabafa o filho mais novo de Darci, Israel Pivotto, de 38 anos. Ele afirma que a família ainda tem esperança de encontrá-lo.


A família realiza buscas periódicas em pontos da cidade onde imagina que o idoso possa ter passado no dia em que desapareceu. Israel conta que no último domingo (27), ele, o irmão Everson Sadi, 57 anos, e outros parentes procuraram pelo pai em uma área de mata no bairro Boa Saúde. Mas, apesar das horas de caminhada, terminaram o percurso de mais de 10 quilômetros sem pista sobre o paradeiro de Darci.
Um dos filhos do idoso estampa seu sentimento através de um adesivo colado na traseira do carro
Um dos filhos do idoso estampa seu sentimento através de um adesivo colado na traseira do carro Foto: Arquivo pessoal

Eversom estampa seu sentimento através de um adesivo colado na traseira do seu carro. "Não existem palavras para representar a profunda dor que estamos sentindo neste momento. A incerteza é um inimigo que nos acompanha, esperamos e confiamos na justiça de Deus, somente ela pode aliviar nossos corações. Pai, onde quer que esteja, mesmo que não esteja de corpo presente, estará sempre em nossos corações", diz a mensagem que circula pelas ruas do Vale do Sinos no veículo do morador de Novo Hamburgo.

Caso é investigado pela Polícia

O desaparecimento de Darci foi registrado no dia 1º de dezembro do ano passado pelo filho e pela nora com quem ele morava. Desde a data, o caso é investigado pela delegada Ariadne Langanke, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo. "Infelizmente, até hoje ele segue desaparecido. A gente já fez todas as diligências possíveis, mas ainda não conseguiu a localização da pessoa. Não se sabe se ele está vivo ou está morto", diz a delegada. "Não se sabe o que possa ter acontecido", conclui.

A responsável pela investigação afirma que "não foram encontrados indícios de que o senhor Darci tenha sido vítima de algum crime". Imagens de câmeras de segurança foram levadas por familiares até a Polícia. "Não foi possível identificar nenhum indício de crime, tendo em vista que a imagem analisada se trata de uma câmera que se encontra muito longe do local onde supostamente o senhor Darci estaria naquela data." A delegada também conta que familiares ainda são chamados para depor, como ocorreu na semana passada, segundo ela.

Darci Pivotto está desaparecido desde 30 de novembro de 2021
Darci Pivotto está desaparecido desde 30 de novembro de 2021 Foto: Polícia Civil

Idoso vestia jaqueta amarela

No dia em que sumiu, o idoso vestia uma jaqueta nas cores amarelo e preto, e calçava um par de tênis azul. Qualquer informação sobre ele pode ser repassada à delegacia de forma anônima pelo Disque Denúncias 0800-6420-121.

O que fazer em situação de desaparecimento de pessoas?

Quando uma pessoa desaparece o primeiro passo é fazer o registro policial, conforme explica a delegada Caroline Bamberg, titular da Delegacia de Polícia de Investigação de Desaparecidos (DPID). "A pessoa pode registrar em qualquer delegacia do Estado um desaparecimento." A delegada enfatiza que "não é necessário ter nenhum tempo mínimo para se dizer que está desaparecido", ou seja, não é preciso esperar 24 horas.

Advogada desaparecida há quatro meses

Entre os desaparecimentos que chocaram a região no último ano, está o sumiço da advogada Alessandra Dellatorre, 29 anos, que completou quatro meses este mês. Neste período de ausência da jovem, familiares e amigos não mediram esforços para reencontrá-la. A família distribuiu cartazes, gravou vídeos, ofereceu recompensa para quem a localizasse com vida, e também contratou um escritório de advocacia para auxiliar nas buscas pela jovem. Porém, ela ainda não foi encontrada.

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