Sem acordo, professores da rede municipal de Novo Hamburgo decidem entrar em greve a partir desta quinta
Sindicato da categoria espera adesão expressiva dos educadores; Prefeitura orienta que pais levem crianças às escolas, que estarão abertas
Foi decidido em assembleia geral do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH), na noite da terça-feira (29), que os profissionais da educação pública da rede municipal de ensino de Novo Hamburgo entram em greve a partir da meia-noite desta quinta-feira, 1º de dezembro. A Prefeitura reforça que as escolas estarão abertas normalmente.
O estado de greve já havia sido anunciado na última segunda-feira (28), após assembleia virtual do SindProfNH, medida que foi confirmada no encontro desta terça-feira, com a adesão de outras duas categorias do funcionalismo público.
Os profissionais pressionam a prefeita Fátima Daudt para quê retire os projetos relacionados a Previdência e a Assistência do Instituto de Previdência dos Servidores (Ipasem), encaminhados em caráter de urgência no início desta semana à Câmara de Vereadores. A previsão é que o texto vá a votação próximo dia 12 de dezembro. “Conseguimos derrubar o pedido de urgência e prorrogar a votação. Queremos a retirada dos projetos e uma negociação justa. Não uma decisão no apagar das luzes que seja prejudicial para a categoria”, ponderou a presidente do SindProfNH, Luciana Martins.
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Já a secretária municipal de Educação, Maristela Guasselli, enfatiza que as escolas estarão abertas, com atendimento mantido de acordo com calendário letivo escolar. Ainda conforme Luciana, nesta quinta-feira às 9 horas está programado um ato em apoio aos funcionários públicos municipais em frente ao Centro Administrativo Leopoldo Petry, Rua Guia Lopes, 4201, no bairro Canudos.
A procuradora-geral da Prefeitura de Novo Hamburgo, Fernanda Luft, no entanto, lamentou a decisão do Sindiprof NH de paralisar. “A entidade foi convidado para participar da construção dos projetos, mas não enviou representante, conforme ofício encaminhado em março deste ano e recebido pela direção do sindicato”, afirma Luft, que destaca a necessidade da aprovação da reforma. “Quanto mais pessoas entenderem na realidade do problema da previdência mais fácil fica compreender a importância da aprovação para a manutenção do Ipasem”, completa.
Outras categorias vão avaliar se aderem à paralisação
Conforme o procurador do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais (GSFM), Nelson Silveira, o sindicato fará uma assembleia na terça-feira (6), onde será deliberado o posicionamento dos servidores do GSFM, que responde pelos guardas municipais, servidores da Saúde e demais profissionais vinculados ao Município. “Até o momento não há respaldo para greve. Caso aconteça, ela terá que ser aprovada na assembleia por votos dos presentes”, explica Silveira.
De acordo com a Procuradoria-Geral do Município, caso o GSFM acompanhe a decisão do SindProfNH e anuncie paralisação, 60% do quadro da Saúde e da Guarda Municipal precisam seguir no trabalho, por serem serviços essenciais.