Casal furta fios e deixa lojas sem energia no Centro de Novo Hamburgo
Três óticas e um restaurante estão entre as vítimas dos últimos dias
A insegurança na área central de Novo Hamburgo está deixando o comércio às escuras. Após furtar fios, ladrões voltam ao local do crime e, mesmo sabendo da vigilância de câmeras, não param de agir. Também não se intimidam quando moradores, de longe, gritam para irem embora. Um casal de jovens forma o time dos principais suspeitos.
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Indiferente
“Um motorista viu um suspeito forçando o portão e pulando. Gritou e buzinou, mas o cara nem deu bola”, relata uma testemunha. O ladrão, guarnecido por uma mulher, já estava no pátio da sapataria quando a segurança privada e Brigada Militar chegaram. O invasor saltou muros que dão acesso ao calçadão e escapou, mas deixou para trás uma mochila com vários cabos de cobre furtados de outro local, além de um boné e uma blusa.
Câmeras flagram suspeitos
Há imagens do casal. Nelas, os dois carregam sacolas e a mochila que viria a ser apreendida com fios. O homem aparece caminhando pelo Centro com o mesmo boné abandonado nos fundos da sapataria. Os jovens seriam do grupo que ainda invadiu um restaurante pelo telhado na noite de domingo, na Rua Lima e Silva, perto das óticas afetadas. “Vi ele entrar no pátio, de boné e camiseta vermelha, enquanto a moça, bem apresentável, dava cobertura na floreira”, conta uma moradora das imediações.
“Enquanto estiver solto, vai voltar e roubar”
O comportamento indiferente do ladrão com testemunhas, segundo uma delas, traz uma certeza. “Enquanto estiver solto, vai voltar e roubar. Sabe que à noite é fácil.” Pior para quem lida com o prejuízo. “A gente ficou atendendo no escuro, no calor e sem acesso ao sistema para fazer notas dos produtos”, relata a gerente de uma ótica atingida, que percebeu a falta de energia quando chegou ao trabalho, na manhã de segunda. “Foi um grande transtorno.”
A volta da luz, telefone e internet, às 10h30 de terça, não trouxe tranquilidade. “Foi reforçada a segurança, trocado o portão, mas estamos com medo que voltem, como já fizeram. Demonstraram experiência”, acrescenta.